Preso na operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio por suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, deve ser transferido para um presídio de segurança máxima, fora do estado, por representar risco às investigações.
A decisão da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro conclui que as provas apresentadas pelo Ministério Público apontam a ligação do ex-bombeiro no caso. Até a transferência, ele deve ficar no presídio de Bangu I.
O promotor Eduardo Morais afirmou que as provas apontam a participação de Suel antes, durante e depois dos assassinatos. Ele ainda ajudou na vigilância e no acompanhamento da rotina da vereadora e participou da troca das placas do veículo usado no atentado.
A transferência do ex-bombeiro vai acontecer um dia após a deleção premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz, que confessou dirigir o veículo usado no crime e apontou o envolvimento de Maxwell e também de Ronnie Lessa, acusado de efetuar os disparos.
Para o Ministério Público do Rio, não há dúvidas de que a atuação política da vereadora está entre as motivações do crime, mas outras possibilidades não são descartadas.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados na noite do dia 14 de março de 2018, após saírem de um evento promovido pelo PSOL, partido da vereadora. O carro em que eles estavam foi alvejado por, pelo menos, treze disparos.