O âncora do Jornal BandNews FM Luiz Megale aproveitou sua participação no programa, na manhã desta terça-feira (25), para comentar sobre o avanço nas investigações do caso Marielle Franco (Psol) após delação de um dos executores da ex-vereadora do Rio de Janeiro.
Segundo o jornalista, por mais que parecesse que o caso Marielle fosse um crime perfeito, entre aqueles que observavam as investigações, é possível afirmar que as apurações do assassinato foram sabotadas nos últimos anos.
“Não existe crime perfeito. Existem crimes mal investigados ao qual não há interesse em se chegar numa conclusão. Ninguém conseguiu chegar nem perto dos mandantes. Mas nos últimos quatro anos, houve uma tentativa deliberada de desmontar qualquer tipo de investigação que se aproximasse dos mandantes desse assassinato.”
Megale relembrou, ainda, das sucessivas trocas de delegados que comandavam as investigações do caso e que, nenhum deles, permaneceu no cargo por um período maior que um ano. "Quem consegue investigar dessa maneira?", questionou.
O âncora pontua que, no último quadriênio, não houve uma esforço político para que as investigações prosseguissem e chegassem aos mandantes da morte da ex-vereadora. No entendimento de Megale, houve "má vontade" para resolver o caso.
"No momento em que houve um mínimo de boa vontade do governo federal e da Polícia Federal (PF), eis que andamos para frente e damos passos importantes. Nos aproximamos, finalmente, de virar essa página sangrenta e lamentável da história do Brasil."
Entenda o caso
Na última segunda-feira (24), houve a divulgação da delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de participação na morte da vereadora Marielle Franco (Psol). Em seu depoimento, Élcio indicou o elo entre Ronnie Lessa - atirador que matou Marielle - e o mandante do crime.