Biden e Putin vão conversar sobre a Ucrânia; diplomacia quer evitar guerra

Ligação telefônica entre os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos busca evitar uma escalada ainda maior das tensões na região; americanos falam em invasão iminente por parte dos russos

BandNews FM

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Biden e Putin tem conversa telefônica marcada para às 13h, no horário de Brasília.
Foto: montagem/divulgação

Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia vão se falar por telefone neste sábado (12) para discutir a escalada das tensões no Leste Europeu e a possibilidade de uma invasão da Ucrânia. A conversa entre Joe Biden e Vladimir Putin ocorre após alertas do Ocidente sobre uma iminente incursão militar por parte dos russos e o deslocamento de mais tropas para a fronteira registrado nos últimos dias.

O telefonema deve ocorrer às 13h, no horário de Brasília, 11h em Washington.

O contato telefônico foi proposto pelo Kremlin e estava previsto inicialmente para o domingo (13). Mas, segundo a imprensa americana, a Casa Branca pediu que a conversa fosse adiantada para este sábado, o que foi aceito pelos russos.

Putin tem negado a intenção de invadir a Ucrânia, mas pede que a Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar entre europeus, americanos e canadenses, comprometa-se a não permitir que os ucranianos façam parte do grupo. A Rússia afirma ser ameaçada com o avanço da aliança militar para o Leste Europeu e iniciou exercícios militares com a Belarus nos últimos dias. As atividades são vistas como intimidatória.

Nesta semana, o presidente francês Emmanuel Macron esteve em Moscou e negou que a OTAN aceite a imposição de parar de se expandir, mas propôs que exista um limite no número de militares baseados nos países vizinhos à Rússia.

Nesta sexta-feira (11), Joe Biden conversou, por telefone, com líderes do Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Polônia e Romênia sobre a situação na Ucrânia. Em comunicado, os chefes de Estado prometeram sanções rápidas e severas contra Moscou caso os militares russos entrem no país vizinho.

O governo americano, assim como os governos da Coreia do Sul, Japão, Holanda e Reino Unido pediram que seus cidadãos deixem a Ucrânia o mais rápido possível. Em entrevista à NBC, Biden afirmou na quinta-feira (9) que os Estados Unidos não farão nenhuma operação militar para retirar americanos que não tenham saído da Ucrânia e disse que quando americanos e russos atiram um contra o outro, uma guerra mundial é iniciada.

Mais tarde, o conselheiro de segurança da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que a Rússia poderia invadir a Ucrânia em até 48 horas, iniciando uma guerra mesmo durante a Olimpíada de Inverno de Pequim.

Imagem de satélite identificaram a movimentação de tropas russas a 25 quilômetros da fronteira com a Ucrânia e navios de desembarque chegaram à Crimeia, região anexada pela Rússia em 2014 em uma ação militar rápida e que conflagrou uma crise com os ucranianos. A comunidade internacional estima que mais de 100 mil soldados estejam na região e o governo da Ucrânia disse que está cercado por tropas inimigas.

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