Os presidentes dos Estados Unidos e da França tentam nesta segunda-feira (07) avançar em um acordo que possa dar fim a escalada de tensão entre Rússia e Ucrânia. Ambos os países do Leste Europeu trocam acusações sobre o poderio militar empregado na fronteira e uma possível tentativa de invasão do território ucraniano.
Na Casa Branca, Joe Biden receberá o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, para discutir a crise. A maior economia da Europa é dependente do gás russo e tem resistido em aumentar a presença militar na Organização Militar do Atlântico Norte, aliança que envolve europeus, americanos e canadenses.
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, será recebido no Klemlin por Vladimir Putin. O russo deve reforçar os pedidos pela redução da força militar da OTAN nos países fronteiriços da Rússia e um compromisso de não aceitar que outras ex-repúblicas soviéticas sejam incorporadas à aliança militar.
Na terça (8), o francês se reúne com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev. A expectativa é criar uma solução diplomática para o impasse que tem elevado o ponto de ebulição na região.
Desde o fim do ano passado, a Rússia aumentou a presença de militares na fronteira com a Ucrânia, deixando até 100 mil militares na região e também na Belarus, que faz fronteira com o norte ucraniano. O deslocamento de tropas fez surgir o medo de uma tentativa de invasão russa, assim como em 2014 na Crimeia. A região pertencia à Ucrânia e foi anexada por Putin.
Em resposta, países da OTAN aumentaram a presença militar em outros países da região do Leste Europeu e armas foram entregues ao governo ucraniano comandado por Volodymyr Zelensky.
No sábado (5), dois mil soldados americanos chegaram para reforçar a presença dos Estados Unidos na região. A promessa de Biden é que três mil homens sejam enviados aos países parceiros. O americano também prometeu duras sanções no caso de uma invasão.
Putin afirma que está defendendo os interesses da Rússia ao se colocar contrário ao aumento da influência do Ocidente no quintal antes dominado pelos soviéticos.
A rede de televisão americana NBC News afirma que fontes do departamento de Estado dão conta de que 70% do efetivo militar para uma possível invasão já esteja na fronteira e que a Rússia planeja um ataque rápido para dominar a capital, Kiev, em menos de 48 horas. A emissora não conseguiu confirmar os números com documentos internos da Casa Branca.