Ex-secretário de Polícia Civil é preso por organização criminosa

Allan Turnowski foi preso dentro de casa acusado de envolvimento com o jogo do bicho

Natashi Franco

Ex-secretário de Polícia Civil é preso por organização criminosa
Reprodução TV Band

Foi preso na manhã desta sexta-feira (09), dentro de casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, o ex-secretário de Polícia Civil Allan Turnowski. Ele que estava licenciado da polícia para se candidatar a deputado federal é investigado por organização criminosa, corrupção, violação de sigilo funcional e envolvimento com o jogo do bicho. A ação é comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio e conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil.

Na casa de Turnowski foram apreendidos documentos, um fuzil e celulares. Todo o material vai passar por perícia. O delegado foi levado para a sede da Polícia Civil, no Centro do Rio, onde vai ser ouvido, antes de ser encaminhado para o sistema penitenciário.

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A operação também tem como alvo o ex-diretor da delegacia de homicídios, Antônio Ricardo, que sofreu mandado de busca e apreensão também em casa. Ele também candidato na eleições de 2022 como deputado estadual.

O ex-secretário foi preso com base na investigação que também levou à prisão o delegado Maurício Demétrio, em julho do ano passado, acusado de lucrar mais de R$ 1 milhão em três anos com um esquema de pagamento de propina cobrada junto a comerciantes. Demétrio teria ainda forjado operações para prender grupos que atrapalhavam as ações dele.  

O QUE DIZEM OS INVESTIGADOS
 

Em nota o delegado Antonio Ricardo, que foi alvo de busca e apreensão, afirma que não tem envolvimento com o caso. Confira a nota na íntegra:

"A defesa do delegado Antônio Ricardo vem esclarecer que com relação a busca e apreensão realizada e noticiada pela imprensa na data de hoje, foi efetivamente cumprida e nenhum objeto ilícito foi encontrado, corroborando  que não há nenhum envolvimento dele em atos criminosos vinculados com contraventores do jogo ilegal, nem com o investigado preso .
Segundo informações prestadas pelos pelos agentes que realizam o ato, a busca foi  justificada por conta de diálogos travados com o investigado Maurício Demétrio em 2017 e foram interpretados de forma equivocada.
Após 23 anos combatendo o crime,  sem nenhuma mácula em sua vida profissional,  a defesa esclarece que respeita o trabalho realizado, porém não condiz com a realidade. O fato será esclarecido e sua inocência será comprovada.", termina a nota.

O QUE DIZ A POLÍCIA CIVIL


"A Corregedoria-Geral da Polícia Civil (CGPOL) ainda não recebeu cópia da denúnica para poder se manifestar sobre a ação realizada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na manhã desta sexta-feira (09/09). A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) informa que foi na atual gestão do Governo do Estado do Rio de Janeiro que os três chefes das principais facções da contravenção, Rogério Andrade, Bernardo Bello e José Caruzzo Escafura, o "Piruinha", foram investigados e tiveram os pedidos de prisão solicitados à Justiça" afirmou a Polícia Civil em nota. 

Não conseguimos contato até o momento com a defesa do ex-secretário Allan Turnowski.

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