Allan Turnowski voltou ao cargo na Polícia Civil em 2020, no início do Governo de Cláudio Castro, que em menos de um mês comandando o cargo, começou a fazer mudanças nas secretarias.
Em 2021, Allan já estava no comando quando houve a operação policial mais letal do Rio, segundo o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e a plataforma Fogo Cruzado. Na ocasião, o ex-secretário afirmou que a polícia fez seu papel e que não se responsabilizava pelas mortes.
"Já são 27 mortos nos confrontos. 26 com antecedentes criminais. Então não são cidadãos que foram feridos numa ação errada da Polícia Civil. Foram criminosos, traficantes com passagem na polícia que resistiram porque eles recebem ordem de resistência. Por que eles recebem essa ordem? Porque existem líderes dessa facção politizados, com acesso às mídias sociais, que dizem pra seus traficantes resistirem porque isso gera desgaste pra polícia e evita que ele voltem nas suas comunidades. Então é muito lógico para a operação. É uma luta do estado contra uma facção criminosa, e se eles resistiram, se eles tiveram a ordem de resistir os responsáveis por essas mortes são seus líderes traficantes, e não a polícia que efetuou seu papel", disse Allan Turnowski em entrevista.
Durante a gestão de Turnowski, foi inaugurada uma força-tarefa de combate às milícias, que até março, tinha mais de 1200 presos. Em março de 2022, Allan deixou o cargo para se candidatar à deputado federal pelo Partido Liberal (PL), partido do presidente Jair Bolsonaro. Com o slogan de campanha "tolerância zero contra o crime".
No governo de Sérgio Cabral, Allan foi chefe da Polícia Civil durante um ano (2010-2011). Ele deixou a pasta por conta de uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto vazamento de uma operação. O delegado alegou ser inocente e o caso foi arquivado por falta de provas.
*Sob supervisão de Natashi Franco