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Roubam e usam crack na frente das crianças, diz moradora da Santa Ifigênia

Comerciantes e residentes do centro de São Paulo protestaram e cobraram ações do poder público para aumentar a segurança nas proximidades da Cracolândia

Rádio Bandeirantes

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Centenas de comerciantes da rua Santa Ifigênia, no centro da cidade de São Paulo, foram às ruas durante a manhã desta quinta-feira (10) para realizar um protesto contra a Cracolândia e a insegurança que o fluxo traz para a região.  

De forma pacífica e sem a presença da Polícia Militar, eles ocuparam a rua com cartazes com as frases "o comércio não aguenta" e seguiram até a Câmara dos Vereadores.

O local é um dos maiores polos comerciais do Brasil, onde mais de 30 mil pessoas têm trabalho direto. Os comerciantes falam em "desespero" e dizem que a falta de segurança afeta drasticamente as vendas, pois muitos usuários de drogas e dependentes químicos transitam pelas ruas e espantam a clientela.  

Mauro, proprietário de uma galeria na rua Santa Ifigênia, afirmou que os moradores e comerciantes lutam para que as pessoas possam ir e vir de maneira tranquila e sem a presença da “bandidagem”.  

"Sou proprietário de galeria na Santa Ifigênia, estou há mais de 50 anos na região e a nossa luta é essa. O governo precisa tomar uma atitude e ser coercivo para tentar salvá-los. As pessoas procuram droga onde ela é vendida. Infelizmente, eles [traficantes de drogas] estão nessa região."

Já a dona Carla Silveira, que mora e é comerciante na região, conta que não é possível sair de casa ou levar as crianças para escola sem correr o risco de assalto ou ver usuários e dependentes químicos com drogas na rua.  

"Nossos filhos estão sendo assaltados no ponto de ônibus. Até crianças estão sendo assaltadas. O amigo do meu filho foi assaltado, machucaram o olhinho dele. Estão fumando crack na frente das crianças. A partir das seis horas não podemos mais ir ao mercado. Não temos paz, assim não dá mais."

Os manifestantes permaneceram na região após o protesto e cobraram o governo estadual e municipal para que o descontentamento não seja em vão.

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