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Marco Sabino: Justiça minimiza criminalidade na Cracolândia e ignora mundo real

Colunista comentou sobre as decisões do poder Judiciário, que consideraram ilegais 90% das prisões realizadas na região central de São Paulo

Rádio Bandeirantes

O colunista Marco Antonio Sabino, da Rádio Bandeirantes, participou nesta sexta-feira (28) das recentes decisões da Justiça que soltaram criminosos presos na região da Cracolândia - situada na região central de São Paulo.

Segundo o jornalista, o poder Judiciário atua com um "distanciamento" sobre a vida e os problemas da população, sendo uma "casta que não enxerga o mundo real, o mundo das ruas".

O comentário refere-se a uma pesquisa divulgada pelo Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública de São Paulo, que atestou um total de 90% de prisões ilegais realizadas pelas polícias durante a Operação Caronte, na Cracolândia - região central de São Paulo.

Ao todo, foram realizadas 641 prisões de suspeitos de atuarem junto ao crime organizado no centro paulistano. Destas pessoas, 91 foram presas mais de uma vez, ou seja, com fortes indícios de envolvimento com o crime organizado.

No entanto, mesmo com as justificativas legais e atuações na região da Cracolândia, a Justiça entendeu que 90% destas prisões são ilegais e, por isso, os detentos rapidamente voltam às ruas.

"Gera o que a polícia chama de 'efeito porta-giratória. A pessoa está nas ruas e é conduzida à delegacia, mas volta às ruas e depois retorna à delegacia e não permanece presa."

Entre as justificativas apontadas pela pesquisa estão o "princípio da insignificância", a "questionável constitucionalidade de artigos da lei das drogas" e o "direito à intimidade" daqueles que estão nas ruas.

"Ora, insignificância para quem? E as pessoas sérias, honestas, que moram na região central da cidade? E se [a ação] é questionável, entra com uma ação de inconstitucionalidade. Mas enquanto [a lei] está em vigor, tem que cumprir."

Sabino pontuou, ainda, que estas ações reforçam o entendimento popular de que os direitos humanos existem para proteger os criminosos que roubam, furtam ou praticam violências graves.

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