O Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, conhecidos como grupo dos Brics, ganharão novos membros.
A partir de 1º de janeiro de 2024, o bloco comercial, que começou com 5 integrantes, passará a contar com 11 membros, incluindo a Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
A decisão foi tomada durante uma reunião de líderes dos países que integram o bloco, na África do Sul. Agora, com 11 integrantes, o bloco dos Brics representa 35% do PIB mundial e 46% da população do mundo.
Criado há 12 anos, o Brics nasceu para representar os interesses dos países emergentes e financiar investimentos. Hoje, possui um poderoso banco, que é presidido pela ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
A força da China dentro do bloco é muito grande, assim como a da Índia, que tem uma população maior que a chinesa. O ingresso de novas nações no Brics, no entanto, ocorreu mediante o apoio do Brasil.
Para isso, o governo Lula conseguiu emplacar a entrada da Argentina - o que, politicamente, pode ajudar o atual presidente Alberto Fernandez a eleger um sucessor nas eleições - e, em troca do aumento no tamanho do Brics, o governo brasileiro receberá o apoio da China para conseguir um assento permanente no conselho de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).