O grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) anunciou nesta quinta-feira (24) que vai ampliar o bloco a partir de janeiro de 2024. Os líderes estão reunidos em um encontro de cúpula em Joanesburgo.
Argentina, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia passarão a integrar o bloco dos países emergentes. “Com esta cúpula, o Brics inicia um novo capítulo”, declarou à imprensa o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa.
A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, informou que o bloco aprovou um documento que define diretrizes, princípios e processos de análise para os países que desejarem se tornar membros do Brics
Segundo o presidente chinês Xi Jinping, a expansão do número de membros é histórica. “A expansão também é um novo ponto de partida para a cooperação do Brics. Trará um novo vigor ao mecanismo de cooperação do Brics e fortalecerá ainda mais a força para a paz e o desenvolvimento mundiais”, declarou.
Ao discursar na Cúpula do Brics nesta quinta-feira (24), o presidente Lula deu boas-vindas aos países que foram convidados a ingressarem no bloco e disse que o grupo continuará aberto a novos candidatos e reafirmou que os líderes aprovaram critérios para futuras adesões.
“É com satisfação que o Brasil dá as boas-vindas aos Brics a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Agora, o PIB do Brics eleva-se para 36% do PIB global em paridade de poder de compra e 46% da população mundial”, declarou o presidente Lula.
O Ministério das Relações Exteriores informou em 17 de agosto que 22 países demonstraram interesse de forma oficial para ingressarem no Brics.
A 15ª cúpula do Brics tem a participação dos presidentes Lula (Brasil), Xi Jinping (China) e Cyril Ramaphosa (África do Sul), e dos primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa de forma remota, mas é representado pelo chanceler Sergey Lavrov