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Tromboembolismo pulmonar: médico explica causas e riscos da doença do volante Luiz Gustavo

Jogador está internado desde sábado, ainda sem previsão de alta; segundo especialista, doença inspira cuidados

Da redação

Tromboembolismo pulmonar: médico explica causas e riscos da doença do volante Luiz Gustavo
Luiz Gustavo está internado sem previsão de alta
Rubens Chiri / saopaulofc

O volante Luiz Gustavo, do São Paulo, foi internado no último sábado (5) com um quadro de tromboembolismo pulmonar. O clube paulista não divulgou qual a previsão de recuperação. Segundo o departamento médico do clube, o jogador de 37 anos será avaliado constantemente para verificar a evolução do quadro. 

Segundo o médico pneumologista Mauro Gomes, embolia pulmonar é considerada uma doença grave com risco de vida. Em entrevista aos Donos da Bola, o professor especialista em pulmão e sistema respiratório explicou como esse doença acontece. 

“É quando um coágulo de sangue se desprende, corre pela circulação e para dentro do pulmão. O sangue deixa de circular naquela parte onde a circulação foi obstruída e faz o pulmão deixar de captar o oxigênio que está no ambiente. Dependendo da região ou quanto do pulmão foi afetado, é uma situação de risco de vida", diz o médico.

Segundo Gomes, esses coágulos estão, geralmente, alojados nas pernas. Ele alerta que viagens prolongadas, seja de carro ou avião, favorece a criação desses coágulos, já que a circulação fica presa nas pernas. No caso dos jogadores, pancadas e traumas nas pernas geram lesões nos vasos sanguíneos, que também auxiliam na criação desses coágulos. Questões genéticas e hereditárias também podem levar a coagulação do sangue. 

O médico lembra que os principais sintomas são dor no peito – o que o jogador são-paulino sentia antes de ser encaminhado ao hospital – e falta de ar súbita. “O socorro nos casos de embolia precisam ser feitos imediatamente. É um problema sério, que deve ser cuidado agudamente”, diz Gomes. 

O tratamento para essa doença é feito com anticoagulante e pode levar de quatro a seis meses. Segundo o especialista, a volta à rotina normal não é tomada de uma vez só e, por isso, o volante não deve voltar a campo nesta temporada – o jogador fez apenas dois jogos no ano com a camisa tricolor: ele atuou nos 90 minutos do compromisso com o Sport, pelo Brasileirão, e na vitória sobre o Talleres, fora de casa, no meio da semana, pela Libertadores

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