A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) anunciaram a volta da obrigatoriedade do uso de máscara em ambientes fechados dos campi das instituições a partir de quarta-feira (16). A medida tinha sido suspensa pela USP em agosto e pela Unicamp em setembro.
Na USP, o uso de máscaras volta a ser obrigatório em ambientes fechados da Universidade, incluindo salas de aula, auditórios, museus, laboratórios, bibliotecas, locais de atendimento ao público e setores administrativos. Nos ambientes externos, o uso de máscara é recomendado em situações de aglomeração. O esquema vacinal completo contra a covid-19 continua obrigatório para docentes, servidores técnicos e administrativos e estudantes.
A decisão da Comissão Assessora de Saúde da Reitoria foi tomada em função do aumento no número de pessoas com sintomas gripais e diagnósticos positivos de infecção pelo coronavírus entre a comunidade universitária nas últimas semanas.
De acordo com o comunicado, "recomenda-se a não realização de eventos festivos, confraternizações, coffee breaks ou qualquer outro evento similar que estimule os participantes a retirar a máscara para ingestão de alimentos e, consequentemente, aumente a possibilidade de transmissão do vírus".
Em nota, o Comitê Científico de Contingenciamento do Coronavírus aponta que identificou aumento no número de pessoas com sintomas respiratórios e testes diagnósticos positivos para covid-19 nas últimas duas semanas na universidade. O grupo também destaca que não houve crescimento, na mesma proporção, no número de casos graves.
A Unicamp exige o esquema vacinal completo, inclusive com as doses de reforço para maiores de 18 anos. Os usuários dos campi devem cadastrar os dados da vacinação nos sistemas da universidade.
O comitê optou pela continuidade das aulas presenciais, “com o auxílio dos robôs educacionais para a inclusão de estudantes afastados por suspeita de ou com covid-19 confirmada”. Pessoas com sintomas respiratórios não devem ir para o campus. O uso de máscara como medida de prevenção para a covid-19 havia deixado de ser obrigatório em 20 de setembro.
À época, a universidade informou que o uso era facultativo nos ambientes internos dos campi e dos colégios técnicos, como salas de aula e setores administrativos.