Turquia e Síria registram mais de 35 mil mortes após terremotos

Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências aponta que 31.643 morreram na Turquia. Na Síria, são 3.581 vítimas registradas

Da Redação

O número de mortos após o terremoto de 6 de fevereiro na Turquia e na Síria chegou a 35.225, de acordo com os dados oficiais atualizados nesta segunda-feira (13). 

O primeiro abalo de 7,8 graus de magnitude foi seguidos de mais de duzentos outros, no Sul e Sudeste da Turquia, durante a semana e provocou 31.643 mortes no país. O número é atualizado pela Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD). 

Na Síria, o grupo de defesa civil Capacetes Brancos registrou 3.581 mortes causadas pelo desastre. As áreas controladas por rebeldes, no noroeste do país, é uma das mais afetadas. A região é controlada pela oposição ao governo do presidente Bashar Al-Assad, o que dificulta a coleta dos dados. O país vive uma guerra civil desde 2011.

A Organização das Nações Unidas (ONU) o principal foco das missões humanitárias neste momento deve ser garantir abrigo e condições básicas aos sobreviventes.

Nesta madrugada, uma mulher foi resgatada após uma semana debaixo dos escombros. Integrantes de missão brasileira enviada a Kahramanmaras afirmam que após 20 dias do desastre que completou uma semana nesta segunda-feira (13) ainda será possível encontrar sobreviventes. 

Dimensão da tragédia

O número de vítimas na Turquia e na Síria já superou as mortes causadas pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu a cidade japonesa de Fukushima, em 2011. Os desastres naturais também resultaram em um acidente nuclear na usina da região. Mais de 18 mil pessoas morreram.

Os terremotos na Turquia e na Síria também se tornaram o segundo evento mais letal na região em anos recentes. Ultrapassaram as 17 mil mortes registradas em 1999, quando tremores de 7,4 graus na escala Richter atingiram a região turca de Izmit, próxima à Grécia. A tragédia já é o 7º desastre natural mais mortal deste século.

Pelo menos 6.444 prédios desabaram na Turquia. 

O presidente Recep Tayyip Erdogan admitiu falhas na resposta, mas minimizou sua responsabilidade. “Não é possível estar preparado para um desastre tão grande”, disse em visita à região atingida.

Os tremores de segunda-feira (6) foram os mais fortes registrados na Turquia desde 1939, quando o país teve um abalo sísmico de 7,8 na escala Richter na cidade de Erzincan, também ao Leste do país.  

Desta vez, o epicentro foi na região turca de Gaziantep. No local, os tremores também foram de 7,8 na escala Richter. O segundo maior abalo sísmico no país se deu em Kahramanmaras e alcançou 7,5 de magnitude.  

Os locais ficam na chamada falha de Anatólia. É nesta falha em que há o encontro de três placas tectônicas: da Anatólia, Africana e Arábica. O resultado do movimento ou choque entre essas placas rochosas na crosta terrestre é o terremoto. 

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