Tragédia de Brumadinho (MG) completa quatro anos e segue sem condenações

270 pessoas morreram no dia 25 de janeiro de 2019 após o rompimento de uma barragem em Minas Gerais

Da redação

A tragédia em Brumadinho (MG) completa quatro anos nesta quarta-feira (25). No dia 25 de janeiro de 2019, 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério vazaram da estrutura da mineradora Vale e destruíram tudo que encontraram pela frente. 

A lama da Vale matou 270 pessoas. Até agora foram encontrados 267 corpos. Três seguem desaparecidos.

Brumadinho já é a maior operação de busca e salvamento da história do país. Durante estes quatro anos, as buscas foram interrompidas duas vezes em função da pandemia e por conta das fortes chuvas que atingem o estado. Os trabalhos temporariamente paralisados serão retomados em fevereiro. 

Faixa na Avenida Paulista lembra os quatro anos da tragédia (Foto: Eduardo Adante/Band)

Na sexta-feira (20), a vítima Cristiane Antunes Campos, identificada por meio do exame de DNA realizado pela Polícia Civil, era supervisora da mina e tinha 35 anos quando a barragem se rompeu. Continuam desaparecidos os corpos de Maria de Lurdes da Costa Bueno, de 59 anos, Nathália de Oliveira Porto Araújo, de 25 anos, e de Tiago Tadeu Mendes da Silva, de 34 anos. 

Investigações

A Justiça Federal aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra as empresas Vale, Tüv Süd e outras 16 pessoas pelo rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Até o momento, as investigações não levaram a nenhuma condenação.

A Vale é proprietária de dezenas de barragens em Minas Gerais, 18 delas foram consideradas em situação de emergência pelo Ministério Público de Minas Gerais neste mês e necessitam de intervenções devidos às fortes chuvas que comprometem as estruturas.

Tragédia

No dia 25 de janeiro de 2019 a barragem da mineradora Vale se rompeu em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. O colapso na mina Córrego do Feijão aconteceu às 12h28 de uma sexta-feira e causou danos humanitários e ambientais irreversíveis. 

A tragédia garantiu ao Brasil o posto de país com maior número de óbitos nesse tipo de acidente e marcou a história como a maior operação de busca em território nacional.

A barragem, considerada pela empresa como de baixo risco, foi construída no modelo de alteamento de montante, o mesmo usado na barragem de Mariana, que é considerado pelos estudiosos como o mais precário de todos.

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