A Marinha dos Estados Unidos conseguiu resolver o mistério que rondava as causas do acidente com o submarino USS Connecticut, ocorrido em 2 de outubro, no Mar Meridional da China. Os investigadores descobriram que a embarcação militar colidiu com uma montanha subaquática.
O resultado do inquérito descarta a suspeita de que o submarino norte-americano tenha sofrido um ataque, já que navegava por uma área de tensão reivindicada pela China, no Mar Meridional.
A informação foi confirmada pela 7ª Frota da Marinha dos EUA, sediada em uma área cedida pelo Japão.
O USS Connecticut é um dos três submarinos da Marinha dos EUA desenvolvidos durante a Guerra Fria para contrapor aos soviéticos, sendo avaliado atualmente em mais de US$ 3 bilhões (R$ 16,4 bilhões) e equipado com os mais modernos equipamentos de navegação.
“A investigação determinou que o Connecticut encalhou em um monte submarino desconhecido enquanto operava em águas internacionais na região do Indo-Pacífico [Mar Meridional]. O comandante da 7ª Frota dos EUA determinará se as ações subsequentes - incluindo a prestação de contas - são apropriadas”, informou o comunicado da Marinha.
No acidente, 11 tripulantes se feriram. Após a colisão, o submarino emergiu até a superfície e navegou ao porto de Guam, no Japão, onde atualmente passa por reparos iniciais antes de seguir para os Estados Unidos. Ainda não existe previsão para o término dos serviços e valores da reforma.
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A Marinha não divulgou a extensão dos danos, mas é certo de que os reatores nucleares – responsáveis por fazer o submarino navegar– passaram ilesos pelo acidente, já que a embarcação chegou com segurança ao porto de Guam.
O resultado da investigação ainda fez o vice-almirante Karl Thomas, comandante da 7ª Frota, trocar a chefia do submarino, até então capitaneado por Cameron Aljilani e outros três oficiais que estavam a frente das missões da embarcação.
A Marinha alegou que a colisão contra a montanha era evitável, mas o comando de Aljilani a frente do USS Connecticut já estava estremecido após marinheiros do submarino denunciarem no início de 2021 as más condições de trabalho à imprensa especializada em assuntos militares.