Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências (NAOC) fizeram um registro intrigante no espaço: 1.652 Rajadas Rápidas de Rádio (RFB), uma espécie de disparo explosivo em ondas de rádio que liberam enorme quantidade de energia, em um período de apenas 47 dias. O grande problema é que ninguém sabe a origem das explosões.
Este é o o maior conjunto do fenômeno até agora já catalogado pela astronomia em um espaço tão curto de tempo entre agosto e outubro de 2019. O estudo foi publicado em 13 de outubro na revista científica Nature.
O episódio contínuo se deu na chamada “RFB 121102”, descoberta pela primeira vez em 2007. A pesquisa dá pistas sobre os mistérios da origem da RFB 121102, pois desde 2007 – quando foi descoberta – os cientistas tentam descobrir a localização da gênese das rajadas.
Com a análise da observação de 47 dias, os cientistas chineses acreditam que podem estar próximo de resolver o mistério, já que a repetição das rajadas deu pistas que facilitam a localização de sua origem, já que a característica desse fenômeno é disparar apenas uma única vez.
O estudo mostra que parte desse fenômeno pode estar em uma galáxia anã – um aglomerado de pequenas estrelas que orbitam ao redor de galáxias maiores a 3 bilhões de anos luz de distância.
As rajadas rápidas de rádio são fenômenos astrofísicos caracterizados pela sua alta energia e curta manifestação como um pulso de rádio, algo de cerca de menos de um segundo.
O registro das mais de 1,6 mil rajadas oriundas da RFB 121102 se deu pelo Radiotelescópio de Abertura de 500 Metros (FAST), localizado na China. É o maior e mais potente equipamento do tipo no mundo.
Apesar da pista, a localização ainda é inconclusiva, assim como o que provoca essas rajadas de rádio, ponderam os pesquisadores. Eles sustentam a necessidade da continuação dos estudos através do poderoso radiotelescópio chinês.