A Organização das Nações Unidas (ONU) já contabiliza 500 mil refugiados ucranianos, conforme dados divulgados nesta segunda-feira, 28. As pessoas que fogem da guerra vão, principalmente, para a Romênia, Polônia, Moldávia e Hungria.
Segundo a ONU, a projeção de refugiados pode chegar a 5 milhões. Já as estimativas da União Europeia são maiores, 7 milhões.
A União Europeia vive mais uma crise de refugiados. Mas, desta vez, mostra mais solidariedade. Voluntários entregam comida e bebidas aos recém-chegados. Países europeus concordaram em dividir o problema. O Reino Unido, por exemplo, falou que irá acolher até 100 mil ucranianos. Alemanha, França, Portugal e Espanha também receberão os refugiados.
Uma mulher conta que viu uma bomba explodir perto de sua casa e revelou que tem muita gente lucrando com o desespero alheio. Um táxi até a fronteira chega a custar US$ 700 (R$ 3,6 mil) para um trajeto de pouco mais de 4 horas.
Este é um êxodo, sobretudo, formado por mulheres e crianças. Homens de 18 a 60 anos foram convocados para defenderem a Ucrânia contra as forças russas, logo, não podem deixar o país. Ao contrário de outras crises de refugiados, a União Europeia recebe os ucranianos de braços abertos.
A invasão
Na madrugada de 24 de fevereiro, horário local, foram registradas as primeiras explosões da ofensiva russa contra o território ucraniano. Mais vídeos mostraram tropas de Moscou em Kiev. Sábado, 26, o presidente Volodymyr Zelensky prometeu ficar na capital para incentivar uma resistência aos ataques.
O conflito acontece porque o Kremlin não quer a aproximação da Ucrânia com a aliança militar do Ocidente, representada pela Otan. Para o presidente Vladmir Putin, o ingresso daria permissão para os Estados Unidos estabelecer armamentos, inclusive mísseis, num país fronteiriço à Rússia, o que deixaria Moscou sob risco.