Uma equipe de sete ratos poderá salvar vidas de pessoas soterradas por escombros causados por terremotos ou furacão. Inicialmente, os roedores receberam treinamento para identificar minas deixadas por guerras ou tuberculose.
Os animais penetram em frestas dos escombros com câmeras e microfone nas costas. Quando encontram alguém soterrado, acionam um alerta para o celular do treinador, que recebe as imagens e ainda pode conversar com a vítima em tempo real.
Os ratos são treinados na Tanzânia, país da Costa Leste da África. Os roedores são treinados pelo biotecnólogo Venan Kiria.
“Nós treinamos os ratos em locais que parecem ruínas de um prédio. Primeiro, a gente solta o animal, e ele identifica a vítima soterrada nos escombros. Ao chegar perto da vítima, o rato puxa um dispositivo conectado ao colete dele e produz um som que significa que ele encontrou a vítima. Então, nós continuamos com sinais para que ele nos bipe de volta e retorne ao local de onde saiu”, explicou Kiria.
Os chamados “ratos de resgate” ou “ratos heróis” já aprenderam a se movimentar perto de uma vítima soterrada, a acionar o alerta para o início da comunicação remota e a voltar para receber a recompensa, que sugam de uma seringa (pasta de amendoim ou de banana e abacate).
Numa próxima etapa, os “ratos heróis” vão “estagiar” na Turquia, como estava previsto antes do terremoto do dia 6 de fevereiro, segundo informou um porta-voz da ONG que treina os ratos.
O terremoto que atingiu a Turquia e a Síria matou, com base na contagem deste domingo (12), mais de 33 mil pessoas nos dois países.