Meio-campista em clube de futebol boliviano e meio de campo entre produtores de drogas e o PCC (Primeiro Comando da Capital): este é o uruguaio Sebastián Marset. O megatraficante, que fingia ser brasileiro, é procurado pela Interpol, organização policial internacional.

Além de jogador e presidente de honra, Marset também fundou o clube onde atuava. O time, que tinha até estádio, era usado como fachada para organização criminosa que intermediava o tráfico de drogas com o PCC, segundo as investigações. Saiba mais no vídeo abaixo.

O uruguaio jogava profissionalmente com um documento falso da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e alegava se chamar Luis Amorim. Essa foi uma das três identidades que Marset já teve. Em Santa Cruz de la Sierra, o traficante desfrutava de uma vida luxuosa.

Marset teve pedidos de prisão decretados no Uruguai, Paraguai, Brasil e Bolívia, onde foi encontrado no início de agosto, mas conseguiu fugir, mesmo depois de três dias de operações de captura.  

Fuga e agradecimento à polícia

Em 2 de agosto, o narcotraficante enviou um vídeo para ser divulgado na TV boliviana em que se gaba da fuga e agradece à polícia por ter dado um aviso prévio sobre a tentativa de prisão. Sem citar nomes, Marset diz que deu dinheiro às autoridades em troca da informação.

Graças à ajuda do diretor da Felcn (a Força Especial de Combate ao Narcotráfico da Bolívia), consegui sair, porque ele me disse que o ministro já havia expedido um mandado de prisão contra mim e, bom, pegou minha platita (gíria para dinheiro) e me mandou sair, disse o uruguaio.