Imagens mostram o momento em que uma idosa foi resgatada depois de um sequestro, na zona norte de São Paulo. Os bandidos fizeram transferências via Pix e compraram bebidas e tênis importados com cartões da vítima.
“Acho que levaram R$ 80 mil tudo em pix. Passavam da minha conta para várias. Estou bem agora que vi vocês”, disse a idosa, identificada como Tereza de Jesus, ao ser libertada.
Do momento em que a idosa de 75 anos passou pela rua, até o instante em que ela foi capturada pelos sequestradores, se passaram apenas quatro minutos. Em imagens é possível ver o momento em que a vítima está dentro do carro, já perto do sítio onde mora, em Mairiporã, na Grande São Paulo.
É possível ver que quando ela sai com o carro, o Ecosport branco, um Corsa azul a segue. São os bandidos do PIX que já perseguem a vítima. Depois, a mesma câmera flagrou desta vez o Corsa na frente e o carro da vítima atrás, conduzido por um criminoso.
Neste momento, a dona Terezinha, já estava sob o poder dos bandidos, no primeiro veículo, com outros três assaltantes. “Aparentemente são criminosos bem violentos, segundo relato da própria vítima, chegaram a tentar enforcá-la e agredi-la com socos e agressões verbais, causando uma espécie de tortura”, contou o delegado Tarcio Severo.
“Ele falou ‘cala boca, cala boca senão a senhora morre aqui agora, porque a senhora está me dando trabalho. Fui abraçada por trás e ele falou ‘a senhora está me deixando nervoso’”, relatou Tereza.
Foram duas horas de terror e um prejuízo de pelo menos R$ 50 mil em transferências via PIX e compras. Além dos quatro criminosos que participaram efetivamente do sequestro da idosa, a polícia apura a participação de mais pessoas envolvidas no sequestro. Eles torturam, aterrorizam as vítimas para tomar dinheiro e ostentar comprando bebidas e roupas caras.
“Nós conseguimos localizar o veículo e apreendermos para passar por perícia. Identificamos o responsável pelo veículo e conseguimos localizar a casa do indivíduo, dono do veículo utilizado no sequestro e encontramos diversas garrafas de whisky, provavelmente oriundos do sequestro”, disse o delegado.
A polícia também acredita que os bandidos tiveram informação privilegiada e sabiam a rotina da idosa para fazer o sequestro. “Ela foi arrebatada na região de Mairiporã, um pouco distante do cativeiro”, contou Tarcio.