Os ônibus voltaram a circular nesta quinta-feira (30) na capital paulista. A greve de motoristas e cobradores foi encerrada ontem depois de o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) considerar a paralisação abusiva e determinar a volta imediata do transporte público. O TRT também aplicou multa de R$ 100 mil.
Apesar da punição, o sindicato da categoria avaliou o movimento como positivo porque conseguiu ter reivindicações atendidas, como o pagamento de 100% das horas extras.
Com o retorno dos ônibus, o rodízio municipal de veículos também volta a valer na capital paulista. Hoje, os veículos com placas finais 7 e 8 não podem circular no centro expandido entre 7h e 10h e das 17h às 20h. Está proibida ainda a circulação de automóveis pelas faixas e corredores exclusivos de ônibus.
Greve de ônibus
Nesta terça-feira (28), o Sindmotoristas anunciou uma paralisação de 24 horas. Os trabalhadores exigiam o horário de almoço remunerado, a participação nos lucros (PLR), adequação de nomenclaturas e plano de carreiras do setor de manutenção, entre outros pontos.
Na última greve, que ocorreu no dia 14 de junho, a categoria conseguiu que os empresários reajustassem o salário em 12,47% retroativo a maio. Com isso, os trabalhadores anunciaram o retorno das atividades por cinco dias até a conclusão das negociações sobre os outros itens da pauta.
Em entrevista ao Bora SP o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, criticou a greve e chamou a postura do sindicato de irresponsável. Ele argumentou que a paralisação não fazia sentido porque o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) já julgaria as pendências da última negociação.
“É irresponsável o que estão fazendo. Esses demais itens estão para ser julgados. Poderia ter sido aguardado. Não teria porque fazer essa greve”, lamentou Nunes.