Idoso tem causa da morte alterada e corpo trocado em Nova Iguaçu (RJ)

Família de Nilton Bento da Silva denunciou os erros no Hospital Geral de Nova Iguaçu

Clara Nery, no 1º Jornal

A família de Nilton Bento da Silva, de 75 anos que morreu após dar entrada com quadro leve de Covid-19 no Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, afirma que funcionários da unidade apresentaram uma tomografia falsa a um perito do Instituto Médico Legal. 

O perito havia constatado que a causa da morte de Nilton havia sido traumatismo crânioencefálico. Segundo a família, a unidade de saúde, contestou a afirmação e apresentou um exame. No entanto, o documento seria de outro paciente.

Há cerca de uma semana, a família de Nilton levou o idoso até o Hospital Geral de Nova Iguaçu. A filha dele, foi até a unidade de saúde para pedir explicações sobre o pai aparecer morto com um hematoma na cabeça. A família acusa a unidade de trocar o corpo, tentar falsificar documentos e esconder a real causa da morte.

No dia seguinte em que foi hospitalizado, os parentes foram informados de que o quadro de saúde dele tinha se estabilizado e, por isso, ele havia sido transferido para a enfermaria, mas horas depois, a família recebeu uma nova notícia, de que o paciente estava morto. Só que o corpo havia sumido.

O corpo apresentado no reconhecimento era de outro paciente, com um nome semelhante, mas que havia sido atropelado. Outros funcionários disseram à família que o corpo de Nilton precisou ir para o Instituto Médico Legal, porque estava com um hematoma no crânio. A filha do idoso, Márcia da Silva, diz que ele não havia caído antes de ser internado e afirma que a lesão no crânio só pode ter acontecido dentro da unidade.

Os funcionários da unidade apresentaram a tomografia a um perito do Instituto Médico Legal. No entanto o documento era de um outro paciente com o nome parecido: Nilton Benedito da Silva. A Polícia Civil investiga o caso.

O Hospital Geral de Nova Iguaçu alega que Nilton morreu vítima da Covid-19, apesar do corpo não ter sido lacrado. A unidade abriu uma sindicância interna para apurar os fatos mas nega que tenha ocorrido troca de corpos e disse que Nilton Bento foi encaminhado para o IML, para perícia, porque também apresentava um trauma na cabeça. 

Ele foi enterrado na manhã deste último sábado (18), no cemitério Jardim de Mesquita, na Baixada Fluminense.

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.