A Procuradoria Geral da União (PGR) ouviu nesta quarta-feira (16) a deputada federal eleita por São Paulo, Carla Zambelli (PL) sobre a perseguição com a arma apontada para o jornalista Luan Araújo nas ruas do bairro Jardins, na zona Sul da capital paulista, em 29 de outubro, dia que antecedeu as eleições de segundo turno.
Depoimento de Zambelli para a PGR foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que é o relator do pedido de investigação contra a deputada. A oitiva foi realizada por videoconferência, já que Zambelli está nos Estados Unidos.
Carla Zambelli disse que foi abordada quando estava com seu filho de 14 anos e teria recebido algumas ameaças. Segundo ela informou ao canal BandNews TV, não existe nenhuma ação penal em andamento, o depoimento é um procedimento de apuração preliminar.
O caso
Imagens publicadas nas redes sociais mostram o momento em que a deputada cruza uma rua com arma em punho. Na sequência, ela entra em um bar num bairro nobre da zona Sul de São Paulo, onde aponta a pistola contra Luan.
Após a repercussão das primeiras imagens, Zambelli publicou um vídeo nas redes sociais em que disse ter sido empurrada por um homem negro e que, devido a isso, correu armada atrás do jornalista.
No mesmo vídeo, a aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL) informou que apenas reagiu a agressões verbais e físicas. Em outra gravação, é possível ver Luan xingando o grupo que estava com a parlamentar. Os dois depuseram na delegacia da região e foram liberados.
A Justiça Eleitoral não permite que alguém que não seja militar em serviço esteja armado na véspera da eleição e 24 horas após o pleito. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que o caso está sob responsabilidade de 78º Distrito Policial (Jardins).