Presídio de Silveira está indefinido, mas defesa quer mesma unidade de Cabral

Prisão aconteceu um dia após Silveira perder o foro privilegiado de parlamentar por descumprir medidas cautelares do STF

Da redação com BandNews TV

A defesa do ex-deputado Daniel Silveira, preso semana passada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), quer que o cliente fique preso no Batalhão Especial Prisional (BEP), mesma unidade onde ficou o ex-governador Sérgio Cabral, em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Acontece que Silveira não possui mais o foro privilegiado de parlamentar, além de não ser mais policial militar (PM). Ele só seria levado para o BEP se tivesse pelo menos 10 anos de carreira na corporação. Após assumir como deputado, em 2019, perdeu a patente.

Na operação da última quinta-feira (2), a Polícia Federal (PF) informou ter encontrado R$ 276 mil em dinheiro vivo na casa de Silveira. Imagens obtidas pela Band mostram vários blocos de notas de R$ 100 e R$ 50. Além do dinheiro, documentos e eletrônicos foram apreendidos.

A prisão aconteceu um dia após Silveira perder o foro privilegiado de parlamentar, já que não foi eleito senador nas últimas eleições. Devido a isso, deixou o cargo de deputado na última quarta-feira (1º).

Suspensão de passaportes e de porte de arma

Além da prisão e busca e apreensão, Moraes determinou a suspensão imediata do porte de arma de fogo de Silveira, bem como o fim de certificados, por parte do Exército, sobre atividades de colecionamento de armas de fogo.

O STF ainda cancelou todos os passaportes emitidos em nome do ex-deputado. A Band tenta contato com a defesa do ex-deputado, mas ainda não conseguiu respostas.

Ameaças a ministros do STF

Ano passado, Silveira foi condenado pelo STF por incitação à violência contra ministros da Corte e ataque às instituições. O Plenário fixou pena de oito anos, pagamento de multa e perda de mandato. No dia seguinte, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu o indulto de graça para livrar o aliado das punições.

O deputado chegou a ser preso em flagrante em fevereiro de 2021, no âmbito de um inquérito que apura a realização de atos contra instituições democráticas, após ele ter divulgado vídeos com ameaças a ministros do Supremo. Ele, posteriormente, tornou-se réu no mesmo processo.

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