Presidente do São Paulo diz que Anielle Franco pediu desculpas após polêmica

Julio Casares publicou nota nas redes sociais e criticou publicação de assessora do Ministério da Igualdade Racial, que viralizou

Da redação

Julio Casares comentou publicação de assessora
Reprodução/Instagram

O presidente do São Paulo Futebol Clube, Julio Casares, afirmou nesta terça-feira (26) que a ministra da Igualdade Racial no Brasil, Anielle Franco, pediu desculpas pela publicação polêmica da assessora da pasta, que viralizou nas redes sociais. Na publicação, Marcelle Decothe afirmou que a torcida do clube é “branca, não canta, descendente de europeu safado e pior de tudo, paulista”. 

Em publicação no Instagram, Casares afirmou que Anielle ligou, pediu desculpas e afirmou que medidas serão tomadas. “Como presidente do São Paulo Futebol Clube, torcedor, e, principalmente como cidadão engajado nas causas sociais, seguirei na luta para que situações como essa não se repitam. Aguardamos, com urgências, as providências cabíveis. O São Paulo é de todos”, afirmou Casares na publicação. 

O presidente escreveu que foi surpreendido negativamente com a publicação, a qual ele classifica "como ultrajante". “Vai contra todas as nossas crenças. Em pouco mais de dois anos e meio de gestão, tivemos sempre uma preocupação com a igualdade”, escreveu.  

Ida de ministra ao Morumbi virou polêmica

O Ministério da Igualdade Racial divulgou, na segunda-feira (25), uma nota para explicar o uso de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pela ministra da pasta para ir à final da Copa do Brasil, na partida entre o São Paulo Futebol Clube e Flamengo, na capital paulista. O jogo ocorreu no último domingo (24).

Em vídeo publicado nas redes sociais, a ministra, de dentro da aeronave, disse que a ida ao Estádio Morumbi foi para assinar um inédito protocolo de intenções contra o racismo nos esportes.

Após ser alvo de críticas, sobretudo por parte de opositores ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ministério da Igualdade Racial reforçou que o uso do avião da FAB foi de caráter profissional, a fim de combater o racismo no futebol. A pasta também informou que o acordo é debatido desde fevereiro e que a ação culminou no jogo de domingo.

“A final da Copa do Brasil foi escolhida para a realização da ação de divulgação pelo alto número de pessoas presentes no estádio e pela grande audiência, típica de uma final de campeonato, independente de quais clubes a disputassem”, diz trecho da nota da pasta.

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