Eduardo Oinegue, âncora do Jornal da Band, fez uma cobrança contra a ministra da igualdade racial, Anielle Franco. Ele entende que um jato da FAB (Força Aérea Brasileira) não deveria ter sido utilizado por Anielle neste domingo (25), para que ela fosse até o Estádio do Morumbi, na final da Copa do Brasil.
"Todos ministros sabem que o jatos da FAB são para viagens a trabalho, não para lazer. Em fevereiro o ministro Juscelino Filho pegou um jato e foi para um leilão de cavalo. Ontem Anielle foi ver a final da Copa do Brasil, entre São Paulo e Flamengo, o time dela", relatou Oinegue.
Em vídeo, Anielle disse que a ida à final da Copa do Brasil foi para assinar um protocolo de intenções contra o racismo. Mas Oinegue alertou que ela poderia ter feito essa assinatura sem ir para o estádio. Ou poderia ir em voo comercial.
"O protocolo com a CBF poderia ser assinado em Brasília, durante a semana, online. Não precisava ir para o estádio do Morumbi na hora do jogo do time dela. Se o ministro quer ver cavalo, se a ministra quer ver partida de futebol, não pega jatinho. Se é lazer, pega voo comercial, por favor, porque é a gente que paga essa conta".
O ministério da igualdade racial divulgou uma nota oficial e informou que o acordo entre ministério e CBF é debatido desde fevereiro e que a ação culminou no jogo de domingo.
Leia a íntegra da nota do Ministério da Igualdade Racial:
O Ministério da Igualdade Racial esteve, no último domingo (24), na final da Copa do Brasil para a assinatura do protocolo de intenções, em conjunto com o ministério dos Esportes e a Confederação Brasileira de Futebol para o combate ao racismo e a promoção da igualdade racial no futebol.
Este acordo estava em construção desde fevereiro deste ano e culminou com a ação ocorrida neste domingo. Além disso, em conjunto com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, houve a divulgação da campanha "Com racismo não tem jogo" e o canal de denúncias Disque 100 Direitos Humanos.
A final da Copa do Brasil foi escolhida para a realização da ação de divulgação pelo alto número de pessoas presentes no estádio e pela grande audiência, típica de uma final de campeonato, independente de quais clubes a disputassem.
O voo da FAB foi utilizado para uma missão institucional, como é praxe em deslocamentos para ações ministeriais e de governo e como uma medida de economia de gastos públicos para locomover as equipes.
As ações do Ministério da Igualdade Racial são realizadas observando os princípios que basilam a boa administração pública, e em cumprimento da missão institucional do Ministério.