"Prejuízo é incalculável", diz líder de lojistas após incêndio no Centro de SP

Mais de 300 lojas foram fechadas. Fogo destruiu pelo menos quatro edificações

Da Redação, com BandNews FM

O prejuízo ao comércio da região da Rua 25 de Março, na Sé, no Centro de São Paulo, ainda é incalculável, segundo a Univinco (União dos Lojistas da Rua 25 de Março), depois de um incêndio que se espalhou por pelo menos quatro edificações do entorno da Rua Barão de Duprat. Mais de 300 lojas foram fechadas. 

O prédio comercial onde o fogo começou não tinha o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). O incêndio começou domingo (10) à noite, por volta de 21h, e se espalhou para prédios vizinhos.

De acordo com os bombeiros, o fogo foi extinto pouco antes das 8 horas da manhã desta segunda. Ainda há fumaça saindo dos prédios. 

Dois bombeiros sofreram queimaduras de 2º grau e foram encaminhados para o Pronto-Socorro do Tatuapé, ambos conscientes. Um deles teve 36% do corpo queimado e o outro 18%, com queimaduras de segundo grau. 

Segundo o Corpo dos Bombeiros, 28 viaturas e 80 militares foram ao local para atuar no combate às chamas. 

A diretora-executiva da Univinco Claudia Urias afirma que os prejuízos ainda são calculados. “Uma delas, a Maximoto, uma loja que tem mais de 30 anos, uma loja de departamento muito grande, tinha dois andares, foi toda destruída, não sobrou nada. O prédio do 78 tem dez andares, de oito a dez salas em cada andar. Ainda não sei precisar quanto de estoque ou de lojas [foram destruídos], mas só de estoque também prejudica. A maioria se abastece deles para sobreviver nas galerias”, calcula. 

Outras lojas da região podem ter sido prejudicadas pela fumaça ou mesmo pelo calor das chamas. “A Santa Cecília, que é uma loja grande de armarinhos, que foi toda queimada também. A primeira igreja ortodoxa do Brasil. E tem alguns lojistas de uma loja de armarinho que ainda não têm certeza se a loja foi atingida, porque estamos sem acesso”, conta. 

Claudia Urias diz que muitas lojas estão fechadas e as poucas ainda abertas provavelmente irão fechar em breve, pois não é possível receber clientes no momento.

O presidente em exercício da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Roberto Mateus Ordine, disse em entrevista à BandNews FM que colocou as instalações e departamentos da associação à disposição dos lojistas afetados. “Nós temos lá um balcão do empreendedor e isso vai ser colocado à disposição de todos eles, não só para as providências burocráticas, mas também como um polo de aglutinação para todas as informações e providências que forem necessárias”, disse. 

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