Prefeito que se casou com jovem de 16 anos já foi preso três vezes; entenda

Hissam Hussein Dehaini foi detido por suspeitas de ligação com o tráfico de drogas e fraude em licitação; saiba mais

Da redação

Hissam Hussein Dehaini (sem partido), prefeito de Araucária (PR) que casou-se com adolescente de 16 anos ex-miss Teen da cidade, já foi preso três vezes. Duas detenções foram durante CPI do Narcotráfico e uma em operação da Polícia Federal, que investigava esquema de fraude em licitações públicas. Saiba mais abaixo.

O prefeito se casou em 12 de abril e, no dia seguinte, nomeou a sogra, Marilene Rode, como secretária de Cultura do município. Nesta quarta-feira (26), Marilene foi demitida do cargo. Veja mais no vídeo acima.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apura se a nomeação confira nepotismo. A Constituição proíbe que agentes públicos usem os cargos para favorecer familiares.

CPI do Narcotráfico

Hissam foi ouvido e denunciado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico em novembro de 2000, sob acusação de envolvimento com o tráfico de drogas na Região Metropolitana de Curitiba. Denunciado por tráfico, proteção a traficantes e pagar à polícia por proteção, se declarou inocente no depoimento.  

O empresário teria um chácara com pista de pouso para helicópteros e um laboratório para o refinamento de cocaína, segundo um dos depoentes da CPI. Hissam negou a acusação e disse que no local só funcionava um hangar, propriedade que dividia com 18 pilotos de Curitiba.

Em março de 2000, foi preso pela Polícia Federal por 60 dias, a pedido da CPI nacional. Em outubro daquele ano, voltou a ser detido na fase paranaense da comissão. Foi solto pouco mais de três meses depois.  

A Justiça inocentou Hissam das acusações referentes à CPI em 2010, por entender que não haviam evidências que comprovassem o crime.

Operação Metástase

Em outubro de 2007, Hissam voltou a ser preso, dessa vez pela Operação Metástase da Polícia Federal, que desarticulou esquema para fraudar licitações da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Roraima.  

Segundo a PF, o prejuízo estimado do grupo aos cofres públicos era de R$34 milhões. A investigação revelou que as fraudes ocorriam nas licitações de serviços de transporte em helicópteros, contratação de obras de engenharia e aquisição de medicamentos.

Em março de 2020, Hissam foi condenado em primeira instância a 4 anos e 2 meses de prisão por fraude em licitação, corrupção ativa e associação criminosa. O prefeito recorre da sentença em segunda instância.

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