Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (8) mostra que 93% dos entrevistados torcem para que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça um bom governo a partir de 2023 e apenas 5% fará torcida contra. Outro 1% não soube responder.
A pesquisa "O Brasil que queremos” fez entrevistas presenciais domiciliares com 2.005 brasileiros de todo o País, entre 3 e 6 de dezembro para aferir o comportamento dos brasileiros no período pós-eleitoral.
Entre os entrevistados, 41% dizem que Lula está se saindo melhor do que o esperado nas preparações do novo governo. Entre, esses 14% são eleitores de Jair Bolsonaro (PL), candidato derrotado à reeleição.
Para 24%, o governo de transição de Lula está abaixo das expectativas. Os que acham que não está sendo nem melhor e nem pior do que esperado somam 14%. E 21% não souberam opinar.
Apesar da torcida positiva por Lula, 90% dos entrevistados acreditam que o Brasil permaneceu dividido depois do fim das eleições presidenciais. Só 8% afirmaram que o País saiu unido da disputa.
Quase metade (47%) acha que o presidente eleito terá mais conflitos com o Congresso. E para 46% dos entrevistados, Lula terá menos embates com o STF (Supremo Tribunal Federal), que foi atacado por Bolsonaro nos últimos quatro anos.
Relações internacionais
A pesquisa Genial/Quaest mostra, ainda, um otimismo dos brasileiros com relação à melhora da imagem do Brasil no exterior. Somam 43% os que têm essa expectativa. Outros 29% acham que a imagem do país vai piorar e 19% dizem que ficará igual.
Atos antidemocráticos
De acordo com o levantamento, 45% dos entrevistados consideram os movimentos antidemocráticos. O mesmo porcentual, porém, diz que as manifestações são parte da democracia.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 70% afirmam que os atos são democráticos e 23% discordam.
Já entre os entrevistados que votaram em Lula, 65% consideram que os protestos não fazem parte do regime democrático, 25% discordam e 10% não souberam responder.
Ministério
A Quaest perguntou aos entrevistados sobre a demora de Lula para anunciar o novo ministro da Fazenda. Mais da metade vê algum problema no atraso da divulgação do nome: 36% dizem que é um "grande problema" e 16%, um "pequeno". Mas 42% não acham que essa demora seja uma questão.
O nome mais cotado para ocupar o cargo é o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), que foi ministro da Educação.
Na quarta-feira (7), o coordenador dos grupos técnicos da transição Aloizio Mercadante disse que o Ministério da Economia será dividido em três pastas no novo governo. Serão recriados os ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG); da Fazenda; e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Prioridade para o próximo governo
A economia (25%) e questões sociais (20%) são os temas mais citados como prioritários para a gestão que tomará posse. Entre as matérias econômicas, a geração de empregos (24%), o controle da inflação (23%) e a redução de impostos (18%) predominam entre as menções.
Avaliação do Governo Bolsonaro
- Positiva: 36%;
- Negativa: 38%;
- Regular: 24%;
- não sabe/não respondeu: 1%
Corrupção com Lula
- Vai aumentar: 34%;
- Vai ficar igual: 28%;
- Vai diminuir: 30%;
- não sabe/não respondeu: 8%.
- A pesquisa Genial/Quaest tem nível de confiança de 95% e margem de erro estimada em dois pontos percentuais para mais ou para menos.