País do 171: estelionatos aumentam cerca de 180% em três anos no Brasil

Número de crimes de estelionato digital disparou quase 500% entre 2018 e 2021 no país

Por Cleber Souza

Estelionatos crescem no Brasil de 2018 a 2021
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O registro de crimes de estelionato cresceu 180% em três anos no Brasil. É o que apontam dados inéditos, de 2018 a 2021, do 16º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado nesta terça-feira (28).

O levantamento mostra que os casos de estelionato, crime que consta no Código Penal como artigo 171, passaram de 426,8 mil em 2018 para 1,26 milhão no ano passado, atingindo uma taxa de 583 casos por 100 mil habitantes. Em 2020, 927.898 casos foram registrados, contra 523.820 em 2019.

Em números absolutos, São Paulo é o estado com maior número de estelionatos, com cerca de 382 mil casos em 2021. Na outra ponta, aparece Roraima com o menor número de casos no mesmo ano – 3,5 mil casos.  

Estelionato digital

Segundo o estudo, essa alta está relacionada ao ano de 2020 devido ao aumento de crimes digitais durante a pandemia da covid-19 no país.  

O Anuário mostra que, mesmo em meio à simplificação de transferências bancárias no Brasil, o número de crimes de estelionato digital disparou quase 500% entre 2018 e 2021 no país. Em números absolutos, passou de 7.591 para 60.590 no período. Em 2020, houve 34,713 casos, ante 14.677 no ano anterior.  

O FBSP entende que esse fator faz com que os números de estelionato continuem em disparada no Brasil. Esse tipo de ato é conhecido como o famoso "171", crime contra o patrimônio que pode ser praticado por qualquer pessoa que tenha a intenção de enganar alguém para lhe tirar vantagem.  

Vídeo: como evitar cair em golpes digitais

Entre os estados onde o levantamento foi realizado, Minas Gerais é o que apresenta maior número de estelionatos por meios eletrônicos em 2021, são 28,5 mil contra 4,3 mil de 2018. Por outro lado, o Piauí registrou apenas 48 casos em 2021. 

O Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública foi realizado com base em informações compartilhadas das Secretarias de Estado de Segurança Pública, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Polícias Civil e Militar, entre os anos de 2018 e 2021.  

 

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