O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um apelo para Israel desistir da ofensiva terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Segundo ele, a escalada na região deve levar a mais mortes e sofrimento à população.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu aval a um plano para invadir Rafah, que abriga mais da metade de 2 milhões de habitantes. O anúncio foi feito em um comunicado oficial do gabinete do premiê. O governo justifica que a área é o último reduto do Hamas.
“Estou seriamente preocupado com relatos de um plano israelense para prosseguir com um ataque terrestre a Rafah. Uma nova escalada da violência nesta área densamente povoada levaria a muito mais mortes e sofrimento, especialmente com as instalações de saúde já sobrecarregadas”, escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus na plataforma X, antigo Twitter.
O diretor da OMS reforça que os 1,2 milhão de pessoas que vivem atualmente na cidade de Rafah não têm nenhum local seguro para onde se mudar. Tedros Adhanom Ghebreyesus reforça que muitos palestinos estão frágeis, famintos e doentes.
“Em nome da humanidade, apelamos a Israel para que não prossiga (com o plano de ofensiva terrestre) e, em vez disso, trabalhe em prol da paz. Não se deve permitir que essa catástrofe humanitária se agrave”, finalizou.