Sobe para 14 o número de mortos em operação da polícia no litoral de SP

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as 14 pessoas morreram em confronto com policiais. Pelo menos 32 suspeitos foram presos

Da Redação

Pelo menos 14 pessoas morreram ao entrarem em confronto com policiais durante a megaoperação das forças de segurança no litoral de São Paulo, deflagrada após o assassinato de um policial militar da Rota, a tropa de elite da PM, na cidade do Guarujá. 

Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), além das 14 mortes, pelo menos 32 suspeitos foram presos, e 20,3 quilos de drogas e 11 armas foram apreendidos. 

Por determinação da SSP, todos os casos estão sendo investigados pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar por meio de inquérito policial. 

A Secretaria de Segurança Pública informou que as câmeras corporais dos agentes serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da Polícia Militar. 

PM baleada em Santos 

No momento dos disparos, a policial estava dentro da viatura com outro agente patrulhando a região. Nas imagens de câmeras de segurança obtidas pelo Bora Brasil (veja acima), é possível ver o momento que dois homens saem de um carro, segurando armas de grosso calibre, e atiram contra a viatura. 

Os policiais revidaram a ofensiva dos criminosos, mas a policial foi atingida por dois disparos nas costas e socorrida rapidamente para a Santa Casa de Santos. Ainda não há informações sobre o estado de saúde. Segundo o porta-voz da PM, a policial é experiente, com 10 anos de profissão e cabo da Polícia Militar. 

Ministro dos Direitos Humanos 

O ministro dos Direitos Humanos (MDH), Silvio Almeida, informou que acionou o ouvidor nacional dos Direitos Humanos para que a pasta acompanhe a operação no Guarujá, onde um policial militar da Rota foi assassinado

“Eu pedi, hoje de manhã, para que o ouvidor nacional dos Direitos Humanos entre em contato com as autoridades para que nós possamos entender o que de fato aconteceu. Ou seja, foi cometido um crime bárbaro contra um trabalhador que precisa ser apurado, mas nós não podemos usar isso como uma forma de agredir e violar os direitos humanos de outras pessoas”, disse Almeida.

Morte de PM da Rota 

O boletim de ocorrência da morte do policial Patrick Bastos Reis, membro da Rota, uma das tropas de elite da Polícia Militar de São Paulo (PM-SP), indica que não houve troca de tiros durante o patrulhamento. De acordo com as autoridades, os bandidos dispararam simplesmente por terem visto os agentes.

Outro policial foi baleado, o cabo Fabiano Marin, que levou um tiro na mão esquerda. Nas redes sociais, a corporação publicou um vídeo para mostrar a trajetória do PM que morreu durante o trabalho.

Com 30 anos, Patrick patrulhava a comunidade da Vila Zilda, no Guarujá, litoral de São Paulo. O crime aconteceu na noite da última quinta-feira (27). 

A polícia acredita que o tiro tenha sido com uma arma de grosso calibre, possivelmente, um fuzil. PMs que estavam na região chegaram a ouvir os disparos e foram até o local. Ainda na madrugada, teve início uma operação das duas policiais.

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