Ministro condena crime contra PM, mas faz alerta aos direitos humanos no Guarujá

Ministro Silvio Almeida classifica o assassinato do soldado Reis como “crime bárbaro”, mas pede apuração de “denúncias graves” sobre operação

Da redação

Ministro condena crime contra PM, mas faz alerta aos direitos humanos no Guarujá
Silvio Almeida pede apuração sobre operação policial no Guarujá
Agência Brasil

O ministro dos Direitos Humanos (MDH), Silvio Almeida, informou que acionou o ouvidor nacional dos Direitos Humanos para que a pasta acompanhe a operação no Guarujá, litoral paulista, onde um policial militar da Rota (PM) foi assassinado. Semana passada, o soldado Patrick Reis morreu após ser baleado durante um patrulhamento na Vila Zilda.

A posição do MDH vem à tona após a informação de que ao menos oito pessoas morreram no Guarujá, de acordo com o governo de São Paulo, em decorrência da operação policial. Ao todo, 10 já foram presos, inclusive o suposto atirador.

“Eu pedi, hoje de manhã, para que o ouvidor nacional dos Direitos Humanos entre em contato com as autoridades para que nós possamos entender o que de fato aconteceu. Ou seja, foi cometido um crime bárbaro contra um trabalhador que precisa ser apurado, mas nós não podemos usar isso como uma forma de agredir e violar os direitos humanos de outras pessoas”, disse Almeida.

A nota do MDH, divulgada nesta segunda-feira (31), revela que há denúncias graves sobre a operação no Guarujá e que elas precisam ser apuradas.

É preciso um limite para as coisas. Então eu acho que o limite para isso é o respeito aos direitos humanos, seja para os agentes da segurança pública, seja para a população dos territórios onde a polícia atua (Silvio Almeida)

O crime contra o soldado Reis

Um policial da Rota, unidade de elite da corporação, foi morto com um tiro no peito em meio a um patrulhamento na região do Guarujá. Informações de testemunhas atestam que o criminoso, autor do disparo, atuava na "contenção" do tráfico de drogas na região.

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