A jornalista Glória Maria morreu, nesta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Rede Globo, onde a profissional da imprensa trabalhou por mais de 50 anos. Não há informações oficiais sobre as causas do óbito.
No começo de janeiro, Glória foi internada para um tratamento de saúde, conforme informou a Globo. Em nota divulgada hoje, a emissora informou que, em 2019, a jornalista passou por um tratamento de câncer de pulmão, cujos resultados foram positivos.
“Em meados do ano passado, a jornalista iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias”, diz um trecho da nota da Globo.
A morte de Glória Maria repercutiu entre fãs, políticos e famosos. 'Uma das maiores jornalistas da história', disse o presidente Lula. “Perdi uma amiga. Dói muito”, disse o jornalista Vinicius Dônola, âncora da BandNews FM.
“Parceira de trabalho, de confidências, de risadas, de curiosidade, de aproveitar a vida. É assim que vou me lembrar sempre de Glória Maria”, disse o apresentador Zeca Camargo, da Band em postagem nas redes sociais.
“Eu aprendi a gostar de telejornalismo vendo reportagens da Glória Maria. Como profissional de televisão, sou um entre centenas daqueles que tiveram a oportunidade e a glória de conviver com ela no trabalho e de conhecer a exuberância da produção dela, a vontade com que ela sempre saía para realizar um trabalho e o alvoroço que ela provocava antes de sair, no camarim, no corredor, na redação”, afirmou o jornalista e apresentador William Bonner, da TV Globo.
Glória teve inúmeros momentos de pioneirismo na carreira, a exemplo de ter sido a primeira a entrar ao vivo no Jornal Nacional, o principal da emissora. A jornalista também é conhecida por fazer reportagens especiais em mais de 100 países.
Além de repórter, Glória apresentou o Fantástico, uma revista eletrônica da emissora que vai ao ar aos domingos. O último cargo foi como apresentadora do Globo Repórter, transmitido às sextas-feiras.
Leia a nota da Globo
A jornalista Gloria Maria morreu esta manhã. Em 2019, Gloria foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia, e metástase no cérebro, tratada cirurgicamente,
Incialmente também com êxito. Em meados do ano passado, a jornalista iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias. Glória marcou a sua carreira como uma das mais talentosas profissionais do jornalismo brasileiro, deixando um legado de realizações, exemplos e pioneirismos para a Globo e seus profissionais. Glória deixa duas filhas, Laura e Maria.
Carreira
Glória Maria Matta da Silva, filha de Edna Alves Matta e Cosme Braga da Silva, nasceu no bairro Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Formada em jornalismo pela PUC-RJ, na década de 1960 ela conseguiu seu primeiro emprego quando foi se apresentar no programa do Chacrinha, na TV Globo, com um bloco carnavalesco.
Em 1970, Glória Maria foi efetivada no departamento de jornalismo da TV Globo e sua primeira reportagem foi sobre a queda do Elevado Paulo de Frontin. Não demorou muito até que ela fosse âncora dos telejornais da emissora carioca, chegou a apresentar vários programas jornalísticos como o Jornal Hoje e Fantástico, onde trabalhou dos anos de 1998 a 2007, quando pediu licença por dois anos.
Glória Maria ficou muito conhecida pelas grandes reportagens e viagens para lugares exóticos. Ela fez história na televisão ao fazer a primeira transmissão em HD da TV brasileira.
Em 2010, a jornalista entrou para o time de reportagem especial do programa Globo Repórter, do qual participou por vários anos, inclusive como coapresentadora ao lado do jornalista Sérgio Chapelin. Posteriormente, assumiu o posto de apresentadora ao lado de Sandra Annenberg.