Ministro menciona granada no STF e reforça expediente de Lula no Planalto

Paulo Pimenta, ministro da Secretária de Comunicação, também comparou os atos de extremistas em Brasília com o ataque ao Capitólio: 'Muito mais grave'

Da redação com Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta (PT), informou nesta segunda-feira (9) que uma granada foi encontrada no prédio do Supremo Tribunal Federal na noite deste domingo (8) durante vistoria das autoridades. 

“Em algumas áreas nós já tivemos a perícia concluída, mas tem várias ocorrendo. Teve um trabalho ontem à noite ainda para ver a possibilidade de bomba, foi achado uma granada no Supremo Tribunal Federal”, disse Paulo Pimenta em conversa com os jornalistas. 

Segundo ele, o trabalho de perícia segue sendo realizado nas sedes dos três poderes porque “tem muito sangue, fezes e urina. Então, é possível fazer a identificação dos criminosos pela coleta desses materiais orgânicos”. As obras e objetos que foram danificados também serão periciados. 

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Veja fotos dos danos provocados pela invasão em Brasília
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Veja o resultado do vandalismo no Congresso NacionalAdriano Machado/Reuters
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Veja o resultado do vandalismo no Congresso NacionalAdriano Machado/Reuters
Veja o resultado do vandalismo no Congresso NacionalAdriano Machado/Reuters
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Funcionários limpam salão do Congresso Nacional após vandalismoAdriano Machado/Reuters
Veja o resultado do vandalismo no Congresso NacionalAdriano Machado/Reuters
Veja o resultado do vandalismo no Congresso NacionalAdriano Machado/Reuters
Veja o resultado do vandalismo no Congresso NacionalAdriano Machado/Reuters
Veja o resultado do vandalismo no Congresso NacionalAdriano Machado/Reuters

Lula segue no Planalto 

Paulo Pimenta informou que o Palácio do Planalto está totalmente preservado e que os extremistas não conseguiram acessar a área. “O presidente Lula vai trabalhar do do Planalto hoje (9), exatamente para mostrar para a sociedade brasileira e para o mundo que as instituições estão preservadas, que estão funcionando na sua mais absoluta normalidade”, informou. 

Ataque ao Capitólio 

Paulo Pimenta comparou os atos extremistas do Brasil com o ataque ao Capitólio, sede do parlamento dos Estados Unidos, que completou dois anos em 6 de janeiro. Segundo ele, o episódio é “muito mais grave”. 

“Nós tivemos lá um fato gravíssimo, que foi uma tentativa de invasão à sede do Poder Legislativo, aqui nós assistimos à invasão nas sedes dos três poderes. Precisamos identificar e determinar imediatamente a responsabilização criminal de todos os envolvidos”, finalizou. 

Facilitação 

O ministro disse ainda que nada do que aconteceu em Brasília ontem poderia ter ocorrido “sem algum nível de facilitação”. “A porta principal não foi quebrada, portanto as pessoas entraram pela porta. No Congresso Nacional também a porta não foi danificada. Podem ver que no Supremo Tribunal Federal a porta foi destruída. O que me leva a crer, obviamente, que as investigações terão que demonstrar isso, que eles podem ter entrado aqui [Palácio do Planalto] e no Congresso Nacional pela porta principal”, afirmou.

Pimenta acrescentou que houve uma tentativa de golpe de Estado frustrada. “Para nós, o que aconteceu aqui não foi um ato contra o Poder Executivo, foi contra a democracia, contra a Constituição Federal. Foi uma tentativa de golpe de Estado, que não se efetivou”.

Ao fazer novo balanço dos atos terroristas desse domingo, comandados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, Paulo Pimenta destacou que foram encontrados sangue, fezes e urina pelas salas do Planalto e que obras de arte também foram destruídas. "O pessoal que olhou disse que parecia um bando de pessoas com ódio, fora de si, parecia um bando de zumbi. Corriam pelos corredores, quebravam tudo, urinavam, defecavam nos corredores, dentro das salas. Foi um ato de destruição", destacou o ministro.

Pimenta disse ainda que as pessoas que estão envolvidas precisam ser imediatamente responsabilizadas, civil e criminalmente, por tudo que aconteceu. Segundo ele, haverá processo de identificação de todos que apoiaram, financiaram e participaram dos atos em Brasília e outros estados. “Nós não iremos tolerar qualquer ato que tenha como objetivo enfraquecer a democracia e a Constituição”.

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