Lula ligará para premiê da Espanha para discutir acordo UE-Mercosul

Conversa do petista com Pedro Sánchez será nesta quarta-feira (5); a Espanha ocupa a liderança temporária da União Europeia

Da Redação

Lula com o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, durante viagem oficial
Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve conversar, por telefone, com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, nesta quarta-feira (5). O tema da conversa entre os líderes será o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. 

Segundo a agenda do petista, a ligação deve ocorrer às 15h, pelo horário de Brasília. A conversa acontece um dia depois do Brasil assumir a presidência rotativa do Mercosul. Atualmente, a Espanha ocupa a liderança temporária da União Europeia. 

"Vou falar com Sánchez para ver se conseguimos. Temos no Brasil material estudado que precisamos enviar para todos os presidentes do Mercosul para que a gente possa avaliar e, quem sabe, convocar uma reunião de ministros (do Mercosul) para definir o texto que queremos apresentar (contraproposta à União Europeia)", pontuou Lula na Argentina. 

Durante o programa “Conversa com Presidente”, Lula voltou a criticar as exigências da União Europeia para conclusão do acordo entre os blocos. Para ele, as condições são “inaceitáveis”, mas reforçou que está “comprometido” para concluir as tratativas, que já estão em negociação há 20 anos. 

Negociado por mais de 20 anos, o acordo UE-Mercosul teve um anúncio de conclusão geral em 2019, mas ainda há um longo caminho para sua efetiva entrada em vigor. Isso porque o tratado precisa ser ratificado e internalizado por cada um dos Estados integrantes dos dois blocos econômicos. 

Na prática, significa que o acordo terá que ser aprovado pelos parlamentos e governos nacionais dos 31 países envolvidos, uma tramitação que levará anos e poderá enfrentar resistências.

Contraproposta

O petista reforçou que os países sul-americanos querem uma política de “ganha-ganha” entre os blocos. 

“Eles (União Europeia) mandaram uma carta impondo algumas condições, mas nós não aceitamos a carta, mas agora estamos preparando uma outra resposta”, declarou o presidente. “Agora nós vamos para Bruxelas discutir com a UE e os países da América Latina e nós precisamos ter uma resposta sobre o que nós queremos para consolidar o acordo”, acrescentou. 

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