Lula condena ataques em Israel: "reafirmo meu repúdio ao terrorismo"

Pelo menos 298 pessoas morreram e 545 ficaram feridas

Da redação

Presidente Lula
REUTERS/Mike Segar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou os ataques realizados pelas forças do Hamas em Israel, neste sábado (7). Pelo menos 298 pessoas morreram e 545 ficaram feridas.

Em Publicação no X, antigo Twitter, Lula afirmou que ficou chocado com os ataques e que o Brasil não poupará esforços para evitar a escalada de conflito.

"Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas. O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU. 

Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados", disse Lula.

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Governo repudia ataque

Em nota do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil prestou solidariedade ao povo de Israel. 

“Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”, diz a nota. 

Além disso, o Brasil, como presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, decidiu convocar uma reunião de emergência do órgão. “O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina”, informou a nota. 

Brasileiro em Israel diz ter fugido de ataques do Hamas: 'Foi assustador'

O ataque que atinge Israel desde o começo da manhã deste sábado (7) fez moradores da região de Tel Aviv fugirem para outras cidades afastadas. Em entrevista para o BandNews TV, o escritor Gabriel Paciornik contou que a situação foi assustadora e que ninguém esperava o ataque. 

“Teve sirene e tudo, mas não recebemos avisos prévios e nem havia rumores de que algo iria acontecer”, conta. Ele diz que sempre se prepara, mas que, desta vez, a família foi pega de surpresa. 

Normalmente temos uma maneira de ver que as coisas estão se complicando, a gente se prepara, prepara as crianças, fica pronto para sair correndo, mas dessa vez foi de surpresa, não houve aviso prévio, foi cedo de manhã, foi meio assustadora a coisa. Tudo aconteceu 6h20 da manhã, saímos correndo sem saber se era erro do sistema ou se era um ataque. 

Gabriel mora em uma cidade que fica a 20 minutos de Tel Aviv. “Os foguetes chegaram ao norte daqui, então eu tive de sair correndo para proteger dos ataques. Agora estou em outra cidade, em um prédio que não tem um bunker, nem quarto protegido, porque ele é muito antigo”, afirma. 

Ataque é o maior em dois anos

Segundo informações preliminares, as tropas islâmicas lançaram ao menos 2 mil mísseis em direção a cidades do sul e entraram em conflito com tropas israelenses na Faixa de Gaza. 

O comandante militar do Hamas anunciou a ofensiva contra Israel pelos meios de comunicação do movimento e convocou palestinos à luta armada. Na mensagem, Muhammad Al-Deif classificou o ataque como ‘Tempestade Al-Aqsa’ e afirmou que este ataque é “o início da melhor e mais honrosa história”. 

Em resposta, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu convocou uma reunião de emergência e declarou estado de guerra. O ministro da Defesa israelense disse que o Hamas cometeu “um grande erro” ao atacar as posições civis e militares. 

Segundo a imprensa internacional, aviões israelenses foram vistos avançando em Gaza e jornais locais dizem que o Hamas controla ao menos sete comunidades israelenses próximas à fronteira. O representante de Relações Exteriores da União Europeia condenou o ataque do grupo palestino e disse que o terrorismo e a violência “não resolvem nada”.

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