O ataque que atinge Israel desde o começo da manhã deste sábado (7) fez moradores da região de Tel Aviv fugirem para outras cidades afastadas. Em entrevista para o BandNews TV, o escritor Gabriel Paciornik contou que a situação foi assustadora e que ninguém esperava o ataque.
“Teve sirene e tudo, mas não recebemos avisos prévios e nem havia rumores de que algo iria acontecer”, conta. Ele diz que sempre se prepara, mas que, desta vez, a família foi pega de surpresa.
Normalmente temos uma maneira de ver que as coisas estão se complicando, a gente se prepara, prepara as crianças, fica pronto para sair correndo, mas dessa vez foi de surpresa, não houve aviso prévio, foi cedo de manhã, foi meio assustadora a coisa. Tudo aconteceu 6h20 da manhã, saímos correndo sem saber se era erro do sistema ou se era um ataque.
Gabriel mora em uma cidade que fica a 20 minutos de Tel Aviv. “Os foguetes chegaram ao norte daqui, então eu tive de sair correndo para proteger dos ataques. Agora estou em outra cidade, em um prédio que não tem um bunker, nem quarto protegido, porque ele é muito antigo”, afirma.
Ataque é o maior em dois anos
Segundo informações preliminares, as tropas islâmicas lançaram ao menos 2 mil mísseis em direção a cidades do sul e entraram em conflito com tropas israelenses na Faixa de Gaza.
O comandante militar do Hamas anunciou a ofensiva contra Israel pelos meios de comunicação do movimento e convocou palestinos à luta armada. Na mensagem, Muhammad Al-Deif classificou o ataque como ‘Tempestade Al-Aqsa’ e afirmou que este ataque é “o início da melhor e mais honrosa história”.
Em resposta, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu convocou uma reunião de emergência e declarou estado de guerra. O ministro da Defesa israelense disse que o Hamas cometeu “um grande erro” ao atacar as posições civis e militares.
Segundo a imprensa internacional, aviões israelenses foram vistos avançando em Gaza e jornais locais dizem que o Hamas controla ao menos sete comunidades israelenses próximas à fronteira. O representante de Relações Exteriores da União Europeia condenou o ataque do grupo palestino e disse que o terrorismo e a violência “não resolvem nada”.