O Projeto de Lei 2630, também conhecido como PL das Fake News, pode ser retirado de pauta na Câmara Federal. A decisão será do deputado Artur Lira (Progressistas), presidente da Casa, após reunião com líderes partidários. A informação foi confirmada à Band Brasília pelo deputado Orlando Silva (PCdoB), relator do texto.
A votação do PL das Fake News, projeto defendido por governistas, está prevista para ocorrer nesta terça-feira (02). Por outro lado, a oposição e as grandes empresas on-line, como Google, Meta e Twitter, estão resistentes às propostas.
Na última segunda-feira (1º), o Google usou a plataforma de busca para fazer campanha contra o PL, ocasião em que criou um link para direcionar o internauta para pressionar os deputados. A plataforma disse que o texto precisa ser melhorado.
O governo reagiu à postura do Google. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), acionou a Secretaria Nacional do Consumidor para apurar possíveis abusos cometidos pelo Google.
O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede), informou que pedirá para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abrir um inquérito contra a campanha do Google contra o PL. Para o senador, há suspeita de infração contra a ordem econômica por abuso de posição dominante.
Outra plataforma acusada de interferir contra a votação do PL é o Twitter. Internautas acusam a rede social de deslogar os usuários que fazem postagens em defesa do projeto. Alguns dizem que as publicações não são concluídas.
Nas publicações referentes ao tema, o Twitter acrescentou uma nota para dizer que a rede enfrenta instabilidade em todo o mundo e que usuários foram deslogados em outros países, independente do tema publicado.
“O Twitter não está deslogando propositalmente contas por conta da PL. A rede social está passando por instabilidades no mundo inteiro, como noticiado pela Reuters”, diz texto publicado pela plataforma do bilionário Elon Musk.