A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), no caso que apura o suposto crime das “rachadinhas” e a contratação de funcionários fantasmas no gabinete do parlamentar.
Os sigilos de outras 26 pessoas e de sete empresas também foram quebrados e o processo segue em segredo de Justiça. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Rio e deferido no dia 24 de maio.
Desde o início da investigação, em 2019, é a primeira vez que o MP fala da possibilidade de “rachadinha” - desvio de salário de assessor - no gabinete do vereador.
Procurada sobre o caso a defesa de Carlos Bolsonaro enviou uma nota com esclarecimentos sobre alguns bens e gastos do parlamentar.
Segundo o advogado do filho do presidente Jair Bolsonaro, Antonio Carlos Fonseca, a compra de um imóvel na Tijuca, na zona norte do Rio, já foi objeto de análise pelo Ministério Público e o caso foi arquivado em 2005, após análise das informações financeiras que demonstravam compatibilidade com os rendimentos à época.
Ainda de acordo com a defesa, a quantia utilizada em 2009, para pagamento de uma despesa pessoal, também é compatível com os rendimentos do vereador, assim como os valores declarados à Justiça Eleitoral no ano de 2020.
A investigação foi aberta em julho de 2019. E agora, pela primeira vez, os promotores falam na possibilidade da prática de "rachadinha" no gabinete de Carlos Bolsonaro.
O MP pediu a quebra dos sigilos para saber se a contratação desses funcionários fantasmas foi ou não um instrumento utilizado pelo vereador para desviar salários.