Bolsonaro diz que PL contratará empresa privada para fazer auditoria das urnas

Em live, presidente voltou a colocar em dúvida o processo eleitoral brasileiro

Da redação, com Jornal da Noite

Bolsonaro diz que PL contratará empresa privada para fazer auditoria das urnas
Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em dúvida o processo eleitoral brasileiro e afirmou que contratará uma empresa privada para fazer auditoria das urnas.

“Tive com o presidente do partido, o PL há poucos dias e, como está na constituição eleitoral, nós contrataremos uma empresa para fazer auditoria nas eleições. Agora, deixo claro. Adianto para o TSE essa auditoria não vai ser feita após as eleições. Uma vez ela contratada, a empresa já começa a trabalhar”, disse Bolsonaro durante live nas redes sociais.

Em nota enviada à reportagem da Band, o TSE afirmou que os partidos podem fazer auditorias pelo registro digital do voto e que qualquer pessoa pode fazer o mesmo pelo boletim da urna, que é emitido pelo mesário ao final da votação e divulgado nas seções eleitorais e no site do tribunal.

Nesta quinta-feira (5), a agência de notícias Reuters divulgou que o diretor da CIA, serviço americano de inteligência, esteve no Brasil no ano passado e fez recomendações a integrantes do governo. Willian Burns teria dito que o presidente deveria deixar de questionar a integridade das eleições.

Um dos encontros foi com os generais Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e Luís Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência. 

Ao lado de Bolsonaro na live, Heleno negou que tenham tratado de eleições na reunião.

“Essa conversa sobre eleições jamais aconteceu. Não houve nenhuma troca de ideias sobre eleições no Brasil. Não sei de onde surgiu essa narrativa, nunca aconteceu, não houve nenhuma troca de ideias sobre eleições nem nos Estados Unidos, nem aqui. Então, isso foi uma notícia falsa”, afirmou.

A polêmica teve um novo capítulo hoje. O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Oliveira, encaminhou um ofício ao presidente do TSE, Edson Fachin, e pediu a divulgação de uma nova lista de questionamentos e sugestões dos militares ao sistema de votação. Bolsonaro disse que não se trata de interferência.

“Ninguém está atacando a democracia, nem atacando o Tribunal Superior Eleitoral. Convidaram as forças armadas, e as forças armadas apresentaram suas nove sugestões. As forças armadas não vão fazer o papel de chancelar  apenas o processo eleitoral”, disse Bolsonaro.

Em fevereiro, o TSE divulgou um relatório de mais de 600 páginas respondendo a diversas perguntas das forças armadas.

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