Não há mais vagas nos abrigos para moradores em situação de rua em Nova York. Os imigrantes são as principais vítimas.
Eles chegaram de países da África, como Burundi e Chade, e também do México e outras nações da América Latina. Na bagagem, poucas roupas e uma esperança: melhorar de vida nos Estados Unidos.
Na prática, o sonho dos imigrantes está longe de virar realidade. Famílias inteiras vivem espalhadas por calçadas de diferentes cidades enquanto aguardam a abertura de uma vaga em abrigos.
Em Nova York, a crise migratória, que explodiu durante a pandemia, atingiu o limite. Mais de cem mil pessoas vivem nos centros de acolhimento da cidade, que estão lotados.
O prefeito Eric Adams pediu ajuda estadual e federal. Enquanto isso, a opção foi construir tendas improvisadas, alugar quartos em prédios de escritórios e em hotéis como o Roosevelt. Mas até mesmo esses espaços já estão cheios.
Há mais de 40 anos, uma lei obriga Nova York a oferecer um teto a quem procurar abrigo. O que faz com que algumas pessoas em situação de rua venham de outras cidades americanas para lá. Mas autoridades têm contestado cada vez mais essa obrigação legal.
Com o movimento ainda intenso de chegada de migrantes na fronteira, essa crise parece distante do fim.