O governo de São Paulo tem 10 dias para justificar a decisão de substituir livros didáticos por material digital na rede pública de ensino. O pedido do Ministério Público visa entender os motivos da decisão que também abriu mão da verba federal de R$ 120 milhões ao deixar de aderir ao Programa Nacional do Livro Didático.
O Ministério Público do Estado abriu o inquérito para apurar a motivação pedagógica da decisão, custos de produção do material, além de falta de debate da gestão paulista com representantes da educação.
Para o governo, a medida deve uniformizar o conteúdo das mais de 5 mil escolas de São Paulo com material produzido pela própria gestão paulista. O modelo digital, que vem sendo adotado desde abril no estado, recebe críticas de educadores. Muitas escolas não têm estrutura como televisores, lousas digitais ou internet para acessar o material.
O governo de São Paulo informa que investiu em equipamentos para escolas e autorizou a impressão do material para alunos sem escolas equipadas, o que é feito atualmente.