Santos Dumont completa 150 anos nesta quinta-feira (20). A data é celebrada para relembrar os impactos das inovações do inventor, que seguem influenciando a aviação moderna. Tanto, que nos atuais aeroportos, é possível encontrar a genialidade de Santos Dumont pela frente.
Uma das invenções é o hangar, amplamente utilizado para guardar aeronaves.
“Ali ele guardava seus balões infláveis, guardava e saía voando. Antes murchavam eles, guardava dobrado e depois tinham que inflar tudo novamente para fazer um voo, como era naquele tempo”, diz o piloto e comandante Décio Corrêa.
E até hoje os aviões modernos carregam as ideias de Santos Dumont. Como alguns conceitos criados por ele. “Decolar contra o vento e pousar contra ele, isso era um princípio usado por ele, porque sabia que precisava de vento relativo para criar sustentação e voar. Outro é a tração, o motor que mantém ele permanentemente em movimento e com as asas sustentadas", afirma o comandante.
O trem de pouso também foi criação dele, já que a aeronave dos irmãos Wright não tinha. “Você precisa do trem de pouso para decolar pelos próprios meios”, explica o comandante.
Santos Dumont nunca registrou patente de seus inventos e os prêmios que recebeu foram doados ou divididos com funcionários. Na Europa e no Brasil ele sempre foi saudado com herói e pai da aviação. Mas, nos Estados Unidos, norte-americanos citam que os Wright criaram o avião, em 1903, em um voo com poucas testemunhas e registros e que desperta desconfiança de amantes da aviação.
“Ele não conseguia sair do chão com o motor que tinham, com o design do avião, não decolava sozinho, pegaram uma catapulta e ela lançou e só assim saíram do chão”, afirma Rui Sodré, biógrafo de Dumont.