A morte do menino Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, numa ação Polícia Militar (PM), comoveu o Rio de Janeiro. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do óbito, registrada como a oitava somente este ano, na Cidade de Deus, durante operações policiais, de acordo com o Instituto Fogo Cruzado.
Os moradores da região viveram mais um cenário de guerra. Mesmo em outro bairro, as balas invadiram o apartamento no Anil, zona Oeste do Rio. Os disparos e as bombas de gás lacrimogênio aconteceram logo após a manifestação pela morte do adolescente.
Para a família do adolescente, os PMs envolvidos na ação executaram o menor quando ele já estava caído no chão. Os parentes afirmam que a polícia alterou a cena do crime, pois há um corte nas câmeras de segurança entre 1h05 e 1h08, três minutos de diferença.
De acordo com a PM, agentes do Batalhão de Choque realizavam patrulhamento na região, quando dois homens em uma motocicleta atiraram contra os policiais. Houve confronto. Após o tiroteio, o adolescente foi encontrado atingido e não resistiu aos ferimentos.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da capital. Familiares se despediram de Thiago na tarde desta terça-feira (8).