Morte de Zico Bacana pode estar ligada à disputa entre organizações criminosas

Também morreram o irmão de Zico e um pedestre que passava pelo local durante o ataque, nessa segunda (7), em Guadalupe.

*Ana Clara Prevedello e Marcus Sadok

A Polícia Civil apura se uma disputa por território entre organizações criminosas rivais está por trás do assassinato do ex-vereador Jair Barbosa Tavares. Conhecido como Zico Bacana, ele foi executado a tiros nessa segunda-feira (7) em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. Seu irmão, Jorge Tavares, e um pedestre que passava pelo local, Marlon Correia dos Santos, também morreram.

Segundo testemunhas, criminosos passaram em frente a uma padaria onde Zico e as outras vítimas estavam, e abriram fogo contra o ex-parlamentar. Zico e o irmão chegaram a ser levados ao hospital, mas não resistiram. O segurança do político está internado.

O ex-vereador postou na internet que estava acompanhando obras públicas de perto poucas horas antes de ser assassinado.

A Delegacia de Homicídios da capital investiga quem são os executores do ex-vereador, mas a polícia já afirma uma possível relação entre disputas envolvendo organizações criminosas da região. Zico Bacana foi apontado pelo relatório da CPI das milícias como o chefe de um grupo paramilitar de Guadalupe. Ele foi vereador de 2017 a 2020.

Segundo a CPI, ele teria ligação com a milícia que na época atuava na Palmeirinha, em Honório Gurgel, que seria controlada por outro policial militar.

Em novembro de 2020, Zico sofreu uma tentativa de assassinato na mesma região, em Ricardo de Albuquerque. Ele levou um tiro de raspão na cabeça.

*Sob supervisão de Christiano Pinho.