O senador Rodrigo Pacheco (PSD), atual presidente do Senado, e o deputado Arthur Lira (PP), presidente da Câmara, tentam a reeleição na próxima semana. No Senado, Pacheco recebeu a visita de Lula e do ministro das relações institucionais, Alexandre Padilha. O encontro aconteceu logo depois de o PT declarar apoio ao senador mineiro.
Pelos cálculos de aliados, ele estaria numa situação mais confortável que o adversário, Rogério Marinho, ex-ministro do desenvolvimento regional e senador eleito pelo PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. A candidatura foi oficializada neste sábado (28), num evento em Brasília. Marinho prometeu ouvir os partidos e os senadores.
”Sem ódio, sem medo, sem olhar para trás. Buscando cada companheiro no Senado da República para lhe dizer que junte-se a nós para reconstruirmos essa relação de confiança que está perdida entre o Senado da República e o povo brasileiro, e os estados da federação que o Senado representa” disse.
Para ser eleito presidente do Senado são necessários 41, dos 81 votos. Pacheco é apoiado por sete legendas que contarão com 39 senadores. Além do PL, marinho tem o PP e o Republicanos, que terão 23 parlamentares. União Brasil, Podemos e PSDB ainda não se posicionaram. O trio tem 20 votos.
Câmara dos Deputados
Na Câmara, o cenário é favorável à reeleição de Arthur Lira. A frente ampla de apoio ao atual presidente da Casa reúne as mais variadas correntes políticas, da esquerda à direita.
A distribuição de cargos também será igualmente ampla. Lira articula um acordo em que o PT leve a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, que é estratégica para a tramitação de projetos de interesse do governo. Nesse caso, o PL seria contemplado com outra comissão relevante. A vitória é dada como certa. O único adversário, Chico Alencar (PSOL), admite não ter chances.