Preços dos grãos disparam com Mar Negro bloqueado por Ucrânia e Rússia

Novos bloqueios no país afetam a oferta mundial de grãos

Por Felipe Kieling

A inflação dos alimentos, que disparou com a guerra na Ucrânia, pode voltar forte. Novos bloqueios no país afetam a oferta mundial de grãos.

A Ucrânia é uma das maiores produtoras de grãos do mundo e se eles não podem ser exportados, é um problemão para todos. Para os países desenvolvidos, significa inflação de alimentos; para os mais pobres, fome e insegurança alimentar. 

Desde segunda-feira, a Rússia abandonou o acordo que permitia a passagem de cargueiros pelo Mar Negro. E afirmou que qualquer embarcação que passar por ali em direção à Ucrânia será considerada um alvo militar legítimo. Hoje Kiev disse que vai adotar a mesma postura.

Cidades portuárias como Odessa e Mykolaiv, foram bombardeadas nos últimos dias. 60 mil toneladas de grãos e alguns armazéns foram destruídos.

O preço do trigo disparou 8,5% no mercado internacional, a maior alta num único dia desde o início da guerra. O milho subiu 5,4%.

Vladimir Putin disse que volta ao acordo de grãos se suas demandas forem atendidas. Entre ela está recolocar o Banco Agrícola da Rússia, no sistema internacional de pagamentos, o chamado Swift. Essa foi uma das sanções aplicadas pelo ocidente.

O Kremlin pede também a flexibilização para que alimentos e fertilizantes russos possam ser exportados. Moscou alega ainda que, durante 1 ano desse acordo, a maior parte dos grãos foi para países europeus e não nações pobres que lutam contra a fome.

De acordo com informações das Nações Unidas, a China foi o principal destino, seguida de Espanha, Turquia, Itália e Holanda.

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