Usado para cozinhar, dar um sabor a mais na salada e em diversos pratos, o azeite está cada vez mais caro. O preço médio nos mercados brasileiros era de R$ 20 há dois anos, passou para R$ 25 em 2022 e agora está na casa dos R$ 30, um aumento de 50%.
Este aumento de preços é um fenômeno global – provocado, principalmente pela seca que reduziu a produção quase pela metade nos países que mais exportam azeite no mundo: Espanha, Itália e Grécia.
Os espanhóis de uma região produtora chegaram a fazer uma procissão pedindo aos céus pela chuva. Mas, para o economista Matheus Peçanha, só um milagre para levar o preço do azeite aos patamares de antes. “O Brasil só produz 2% do azeite que consome e ainda vem o El Niño aí, que deve afetar ainda mais o clima”, explica.
Com os preços nas alturas, é preciso ter atenção com os azeites mais baratos, porque podem ser falsificados. Em maio, um casal foi preso adulterando o produto com mistura de óleos de soja e girassol. A fiscalização apontou acidez de 5%, bem acima do tolerado pela norma brasileira, que é de 2%.