A Policia Federal investiga se o dinheiro desviado de kits de robótica foi usado na compra de imóveis em Alagoas.
A investigação aponta para uma casa no valor de R$ 1,5 milhão e um apartamento de R$ 350 mil, que seriam de Luciano Cavalcante, que é ex-assessor e homem de confiança do presidente da câmara, Arthur Lira.
A casa foi comprada pela Megalic, empresa que ganhou o contrato para venda dos kits de robótica e pertence a Edmundo Catunda, pai de João Catunda, vereador de Maceió, e aliado de primeira hora de Lira.
A Polícia Federal concluiu que a Megalic transferiu R$ 550 mil reais para a empreiteira EMG, que construiu o condomínio em que está o imóvel.
Segundo a PF, os imóveis teriam sido comprados com dinheiro desviado do Ministério da Educação na compra de kits de robótica superfaturados. Os agentes dizem que os operadores financeiros do esquema são Pedro Magno e Juliana Cristino.
Pedro e Juliana, que estão presos, têm mais de uma dezena de empresas em diversos ramos de atuação: turismo, informática, oficina mecânica, mas quase todos os endereços registrados são falsos. Os investigadores acreditam que as firmas foram criadas para lavar dinheiro.
O desvio na compra de kits de robótica pode passar dos R$ 8 milhões, com verbas do orçamento secreto. Dinheiro que era controlado pelo presidente da Câmara. Lira destinou quase R$ 33 milhões para a compra dos kits.
Ele afirmou que não houve nenhuma irregularidade. Luciano, o ex-assessor, até semana passada trabalhava na liderança do PP na câmara, mas foi demitido. Lira não é investigado nesse caso. Os acusados negam participação nos crimes.